sábado, 4 de agosto de 2012

Rio Preto pode entrar na era dos veículos leves sobre trilhos

01/08/2012 - Jornal VIII Região Noroeste Paulista - Rio Preto/SP 
 
Para solucionar a crise do transporte de massa, muitas cidades estão adotando uma versão compacta do metrô: os veículos leves sobre trilhos, mais conhecidos por VLTs.

Nos últimos 25 anos, grandes cidades brasileiras cogitaram adotar veículos leves sobre trilhos (VLTs) para resolver seus problemas de transporte coletivo. Netos dos velhos bondes, os VLTs são um misto de metrô e ônibus, com a diferença de que custam a metade do primeiro e transportam quatro vezes mais passageiros que o segundo.

Há dois anos, os projetos de implantação do sistema começaram a sair do papel em alguns municípios, do mesmo porte, ou até menores do que Rio Preto.

De três anos para cá, os VLTs passaram a ser utilizados em outras cidades que iniciaram as obras de seus sistemas, motivados pelo sucesso do meio de transporte.

O custo de implantação do novo modelo de transporte é reduzido, porque os comboios vão circular sobre linhas que pertenciam à Rede Ferroviária (RFFSA) e que estavam subutilizadas ou abandonadas.

Em Rio Preto, o prefeito Valdomiro Lopes convocou a imprensa para divulgar um ambicioso projeto para a retirada dos trilhos da região central, ao custo de aproximadamente R$ 149 milhões, inclusive dizendo em algumas entrevistas que esta seria uma ação irrevogável, “Não há como voltar atrás. A retirada dos trilhos é irrevogável”, disse na época o prefeito a um programa de TV.

Entretanto, temos que preocupar com a retirada dos trens de Cargas através da construção do entorno ferroviários quanto aos trilhos hoje existente no município temos que fazer uma análise do uso de desta traçado para a implantação de um sistema de transportes com a utilização dos trilhos que ai estão

Entretanto, a Copa de 2014 deu o impulso que faltava ao VLT em várias cidades, o que parece ter sensibilizado o prefeito rio-pretense, que hoje já admite a possibilidade de implantar o sistema em Rio Preto. O transito impraticável em alguns pontos da cidade, principalmente nos horários de pico, pode ter sido fator fundamental para mudança nos planos. Todas as doze cidades-sede da Copa incluíram esses veículos em seus planos para o campeonato. Em São Paulo, o novo sistema terá duas funções: ligar o Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi e conectar algumas linhas do metrô, como ocorre em Paris. Até o início dos jogos, o Brasil investirá 23 bilhões de reais em trens urbanos - com o VLT à frente. As indústrias ferroviárias já receberam encomendas de 120 veículos e disputam licitações para montar outros 200. O mercado é tão promissor que o gigante francês Alstom, detentor de 26% do mercado mundial de trens, passou a cogitar abrir, no Brasil, uma unidade para fabricá-los. “Se as perspectivas se confirmarem, abriremos a nova planta”, diz Philippe Delleur, presidente da Alstom no Brasil. Desde 2008, uma empresa nacional explora o setor: a cearense Bom Sinal. Foi ela a primeira a produzir VLTs próprios para as linhas da RFFSA. Seus vagões são uma versão mais barata dos similares europeus: por dentro, são idênticos a um ônibus urbano, mas custam 40% menos que um veículo importado. Por causa das condições vantajosas que oferece, a Bom Sinal já recebeu encomendas de 69 vagões e pedidos de orçamento de cinquenta prefeituras. Com os VLTs, o país poderá voltar aos trilhos de um transporte eficiente.

De acordo com o que foi apurado pela reportagem, o custo de retirada dos trilhos seria algo em torno de R$ 147 milhões, ao passo que implantar o sistema, com várias estações, evidentemente com a manutenção da malha ferroviária, o custo seria em pouco mais de R$ 70 milhões. Só para que o leitor tenha uma idéia, uma cidade do interior do Ceará conseguiu implantar o sistema, por intermédio do senador Renan Calheiros. O custo da implantação, em uma obra com 4 estações. Ficou em torno de R$ 26 milhões.

Valdomiro Lopes, recentemente, deu entrevista sobre a Rio Preto para daqui 20 ou 30 anos. “Defendo a abertura de vias publicas mais largas nos novos bairros, implantação de corredores exclusivos para ônibus, construção de pontilhões mais modernos, como o que vamos construir na avenida Fortunato Ernesto Vetorasso, que será nos mesmos moldes do viaduto Jordão Reis, e defendo também a implantação dos veículos leves sobre trilhos”, finalizou o prefeito.

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