sábado, 4 de novembro de 2017

Ações preparam Sorocaba para os próximos 50 anos

04/11/17 - Cruzeiro do Sul

José Antonio Rosa - joseantonio.rosa@jcruzeiro.com.br 
      
Luiz Alberto Fioravante afirma que município se prepara para disciplinar o crescimento - ERICK PINHEIRO / ARQUIVO JCS (12/4/2017)

O secretário de Planejamento do município, Luiz Alberto Fioravante, reconhece que o quadro apontado no estudo da Embrapa pode trazer graves consequências para Sorocaba, mas garante que a atual gestão conseguirá reverter seus efeitos. Fioravante descarta o risco de que certas regiões da cidade se transformem num aglomerado de favelas. "Não vai acontecer", enfatizou. Ele anunciou também um conjunto de ações que pretende colocar em prática a fim de preparar a cidade para os próximos 50 anos. Estudos já são realizados e deverão ser debatidos com a sociedade. 

Diferentemente do tom até hoje adotado quando o assunto é colocado em pauta, Fioravante entende que é necessário conter o ímpeto da especulação imobiliária e priorizar demandas da coletividade. Ele criticou, inclusive, empreendimentos públicos já executados, como o Residencial Carandá, onde vivem quase 20 mil pessoas. "Foi uma insanidade construir aquilo", declarou. 

Veja mais:

Sorocaba possui a 20ª maior mancha urbana do País

O secretário de Planejamento admite que Sorocaba tem realmente uma mancha urbana considerável. Dentro dela, afirma, existe um vazio igualmente grande. "Esse fenômeno, porém, pode ser interpretado como bom, ou não tão bom. Não chega a ser catastrófico. O bom é que podemos projetar mais áreas verdes e proporcionar uma convivência mais harmoniosa."

"As coisas ruins envolvem gargalos de mobilidade, de acessibilidade. E o que estamos fazendo? Projetando a cidade para os próximos 50 anos. Temos uma concentração expressiva de pessoas na zona norte onde existem perto de 40, 50 mil lotes para serem lançados. E isso é preocupante." 

A alternativa, conforme Fioravante, é trabalhar o crescimento ordenado e sustentável. Entre outras, a administração trabalha para colocar em prática medidas que contemplam o aproveitamento da malha ferroviária que corta a cidade a partir da implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). 

Esse meio de locomoção cobriria um trajeto de 22 quilômetros que interliga Brigadeiro Tobias a George Oeterer, em Iperó. Calcula-se que cerca de 100 mil passageiros possam ser transportados diariamente. Doze estações foram projetadas em pontos estratégicos de modo a integrar bairros e outros modais. 

Na visão da municipalidade, esse equipamento deverá agregar desenvolvimento à região da zona leste não tão densamente povoada, além de contribuir para o uso mais racional dos carros. "Apostamos e esperamos que as pessoas prefiram se deslocar de trem, descendo perto do local onde trabalham e, com isso, deixem o veículo próprio em casa." 

A secretaria discute, ainda, com técnicos da CCR Viaoeste a instalação de três trevos ao longo da rodovia Raposo Tavares. Eles estarão posicionados nas imediações da entrada do Central Parque, do futuro Hospital Regional e da estrada do Ipatinga. A intenção é interligar regiões com o objetivo de desviar o tráfego de locais já saturados. 

Todas as iniciativas demandarão investimentos que o secretário, num primeiro momento, não estimou. No caso das intervenções na rodovia Raposo Tavares, o município não deverá desembolsar recurso algum. As obras serão executadas pela concessionária em compensação à prorrogação do contrato de concessão firmado com o Estado, que é o poder concedente. 

Em relação ao projeto do VLT, Fioravante diz que o governo municipal pretende fazer uso da Operação Urbana Consorciada, modalidade de intervenção pontual realizada sob a coordenação do Poder Público que envolve a iniciativa privada, os moradores e os usuários do local, buscando alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Funcionários do VLT denunciam onda de assaltos nas estações

18/10/2017 - A Tribuna

Sob anonimato, eles falam sobre rotina de medo e insegurança nas plataformas

GABRIEL OLIVEIRA 

Estações são monitoradas por câmeras, mas o sistema não impede os assaltos (Foto: Fernanda Luz/AT)

Funcionários do consórcio BR Mobilidade lamentam os constantes assaltos a vendedores de passagens nas estações do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Nos últimos três meses, quando as ações dos bandidos se intensificaram, o medo passou a ser companheiro de trabalho do pessoal do BR Mobilidade.

O consórcio não informa o número de ocorrências, apesar de a Reportagem ter solicitado o dado duas vezes, mas os relatos dão a dimensão do perigo ao qual os funcionários estão expostos todos os dias.

Eles falaram sob anonimato. O receio é de represálias, já que a empresa ordenou que os trabalhadores não falem com a imprensa. Mas alguns, cansados da insegurança, resolveram quebrar o silêncio.

Um trabalhador se viu na mira de ladrões por quatro vezes. “Eles levam tudo o que tem: dinheiro, cartões e nossos pertences. Teve uma semana que foram oito assaltos”.

Os vendedores se tornaram presas fáceis porque comercializam os cartões unitários do VLT e, por isso, trabalham com dinheiro vivo. Além disso, não há policiamento no entorno das estações. “Tem câmeras e a central fica acompanhando o roubo, mas, quando a polícia chega aqui, os caras já foram embora”, relata outro funcionário.

Uma outra vendedora afirma que já houve até arrastão em uma estação de São Vicente, onde a insegurança é pior do que em Santos, segundo ela.

Mudança de rotina

Diante da situação, os funcionários fazem o que podem: deixam de levar pertences, como o celular, para o trabalho e procuram prestar mais atenção ao que ocorre ao redor. “Uma vez vi uns rapazes se aproximando e liguei para a central. Eles viram que eu percebi e só não vieram porque a estação estava movimentada”, conta uma funcionária.

O pessoal tem até vendido menos passagens para não ficar com muito dinheiro em mãos. A BR Mobilidade também tem mandado menos cartões para os vendedores. Tudo para evitar as ações dos criminosos.

“Normalmente, eu compro quatro passagens. Dei uma nota de R$ 20,00, a vendedora falou que não tinha troco e que não poderia me vender mais que dois bilhetes. Recomendou que eu comprasse em uma oficina do outro lado da rua, onde me disseram que estavam vendendo menos por causa de assalto”, conta a jornalista Sílvia Domingues, de 34 anos.

Procurada, a BR Mobilidade preferiu não entrar em detalhes. Em nota, apenas afirmou que “está tudo dentro da normalidade”.  

Tendência é que passagens sejam adquiridas por meio das máquinas (Foto: Fernanda Luz/AT)

Tendência

Funcionários do VLT dizem que a tendência é que eles deixem de vender as passagens nas estações em breve, justamente para não ficar com dinheiro, expostos os criminosos. Quando isso ocorrer, os usuários terão de comprar cartões unitários ou recarregar o BR Card nas máquinas que ficam na entrada das estações. 

Os funcionários estariam por lá apenas para auxiliar os passageiros a utilizar o equipamento. O consórcio BR Mobilidade não se pronunciou também sobre isso.

PM admite perigo e reforça segurança

A Polícia Militar admitiu que o perigo ronda as estações do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e disse que tem feito de tudo para evitar os assaltos.

Em nota, a corporação garantiu que reforçou o policiamento e “que uma viatura está disponível todos os dias, das 6 às 2 horas, para percorrer todas as estações em São Vicente e estacionar em pontos estratégicos das instalações do VLT visando reduzir a criminalidade local”.

A PM ainda pediu ajuda da população para que denuncie “situações que fujam à normalidade”, pelo telefone 190 em casos de emergência, e pelo 181 – o Disque Denúncia.

Manutenção da qualidade

Questionada sobre a informação de que os funcionários estavam vendendo menos passagens, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), responsável pelo transporte metropolitano, disse que está “atenta e monitora as ações do consórcio BR Mobilidade”.

“Se verificada qualquer providência que prejudique a operação e, consequentemente, os passageiros, serão adotadas as medidas contratuais cabíveis para a manutenção da qualidade dos serviços”.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Doria promete bonde elétrico no centro de SP para 2020

27/09/2017 - Diário do Transporte

VLP integra projeto de revitalização do centro de SP, e foi elaborado pelo escritório do urbanista Jaime Lerner; proposta prevê bulevares, verticalização de áreas e linhas de transporte turístico

ALEXANDRE PELEGI

A informação partiu do prefeito João Doria durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, numa segunda-feira, dia 10 de abril: o urbanista e ex-governador do Paraná Jaime Lerner vai desenvolver um projeto de requalificação do centro da cidade de São Paulo. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/04/12/secovi-financia-contratacao-de-jaime-lerner-para-cidade-linda-de-doria/

No dia 3 de junho deste ano noticiamos que o projeto, doado à prefeitura pelo, já estava nas mãos da secretária de Urbanismo e Licenciamento, Heloísa Proença, que teria assumido a pasta com o apoio de entidades do setor imobiliário, conforme afirmara à época o portal UOL.

Nesta segunda-feira, dia 26 de setembro, mais de cinco meses após a primeira declaração do prefeito João Doria, ele prometeu publicamente que vai executar o projeto que propõe revitalizar o centro com bulevares e duas linhas turísticas de Veículo Leve Sobre Pneus (VLP), uma espécie de bondes modernos movidos a eletricidade. Nos mesmos moldes do VLT do Rio de Janeiro, o projetado por Lerner não circulará sobre trilhos.

O prazo inicial era de 12 anos, mas ontem o prefeito prometeu entregar os bondes modernos sobre pneus até 2020, sem cobradores e com cobrança de tarifa por celular. Ainda segundo Doria, o projeto inclui a construção do que ele chamou de “edifícios icônicos”, construções com potencial para serem marcos na paisagem da cidade.

O projeto ainda precisar de análise e aval da Câmara Municipal.

Segundo o prefeito, a implantação do projeto será bancada pela iniciativa privada, fundos de investimento (BNDES, Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Banco Mundial), e por recursos da prefeitura.

O projeto foi oferecido à prefeitura pelo Secovi – sindicato do mercado imobiliário. O presidente do conselho consultivo do sindicato, Cláudio Bernardes, calcula em R$ 300 milhões o custo para implantar os bulevares nas principais avenidas do centro (como Rio Branco e Duque de Caxias), metade do preço, segundo ele, caso o projeto fosse de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).

Na apresentação do projeto, Sergio Avelleda, secretário de Mobilidade e Transportes, afirmou que as duas linhas circulares de VLP “vão contemplar pontos de interesse da cidade e privilegiar a conexão entre as estações de metrô, ônibus e trem”. Avelleda disse ainda que a operação será feita por operadores privados a partir de licitação.

Heloisa Proença, secretária de Urbanismo e Licenciamento, disse que grande parte do que traz o projeto depende de alterações de leis. “O melhor instrumento para se fazer isso é a alteração da Operação Urbana Centro. Isso porque grande parte da legislação regular de zoneamento do centro traz muitos imóveis tombados, muitas Zeis [Zonas Especiais de Interesse Social]. Isso tudo tem que ser tratado ao mesmo tempo para conseguirmos esse projeto de requalificação da área central”, disse Heloísa.

Em declaração ao jornal Folha de SP desta quarta-feira (27), o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano teme que o projeto de revitalização do centro pode levar à expulsão das pessoas das classes baixas. “A classe de renda média já está mudando para o centro, morando em ‘studios’ de dez metros quadrados. A classe de renda baixa também está lá, só que em cortiços. Esse projeto pode gerar um processo de expulsão dos mais pobres do centro. O mercado dá conta da classe média. Cabe ao poder público corrigir a distorção e dar acesso aos mais pobres”.

MAIS DO MESMO?

Conforme lembramos em matéria publicada pelo Diário do Transporte em 3 de junho de 2017, curioso lembrar que Jaime Lerner fez proposta semelhante à Prefeitura de Curitiba em 2013. O projeto idealizado pelo ex-prefeito curitibano previa a ligação entre o bairro Cachoeira e o Centro de Curitiba com uso de veículo elétrico (VLP), com estimativa de transportar até 260 mil pessoas por dia útil.

O prefeito Gustavo Fruet optou pela ideia de Lerner em substituição ao metrô para a cidade de Curitiba. Jaime Lerner é conhecido como um dos mais ferrenhos críticos do metrô como solução de mobilidade para a cidade. A ideia era que o novo projeto do VLP ficasse com parte dos recursos da União que seriam destinados ao projeto do metrô local.

O projeto foi apresentado em julho de 2013 pela prefeitura de Curitiba ao Ministério do Planejamento, ainda sem contar com a elaboração de um projeto executivo.  Orçado em R$ 950 milhões, o projeto previa a implantação do Veículo Leve sobre Pneus (VLP), que permitia ainda uma extensão de mais de 30 quilômetros sobre o traçado ferroviário já disponível na capital paranaense. O restante das intervenções pleiteadas à época pela prefeitura já possuía projeto básico, que, somados ao VLP, atingiam a cifra de R$ 5,3 bilhões.

Em 2016 a prefeitura de Curitiba estudava propostas para a implantação do VLP na cidade. A companhia francesa NTL, de Estrasburgo, na França, chegou a apresentar o sistema à administração da cidade, segundo uma PPI – Procedimento de Manifestação de Interesse PMI lançado pela administração da capital paranaense.

Logo após sua posse, em janeiro de 2017, o novo prefeito de Curitiba, Rafael Grecca, anunciou como uma de suas prioridades para a área de transportes concluir a Linha Verde e adotar o VLP na cidade.

No mês seguinte, o assunto continuava em discussão. Sergio Vidoto, da M4 Consultoria, e então coordenador do projeto de implantação do VLP para Curitiba, respondia a uma série de questionamentos feitos pela Urbs. A empresa ligada à prefeitura apontara uma série de custos que não haviam sido levados em conta no projeto original, como detalhes sobre infraestrutura elétrica, necessários para abastecer as centenárias e veículos.

Mais: a Urbs questionou que o projeto fora calculado com base no total de passageiros transportados, e não nos chamados passageiros pagantes equivalentes, utilizados hoje no cálculo do município.

Pelo visto, por melhores que sejam as ideias, elas demandam muito tempo não apenas para discussão de sua viabilidade, como para sua implantação definitiva. Ainda mais quando grande do projeto apresentado com pompa e circunstância depende de alterações de leis.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

domingo, 10 de setembro de 2017

Integração entre VLT e ônibus municipais de Santos já está em vigor

10/09/2017 - A Tribuna

Para aproveitar o serviço com desconto, porém, o usuário é obrigado a ter o BR Card

DA REDAÇÃO 

Valor da passagem de ônibus mais VLT, em Santos, será R$ 4,40 (Foto: Alexsander Ferraz/AT)

Começou a valer neste domingo (10) a integração do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) com dez linhas de ônibus de Santos e outras 45 intermunicipais (até este sábado eram apenas 38). O anúncio havia sido feito na quarta-feira (6).

Para aproveitar o serviço com desconto, porém, o usuário é obrigado a ter o BR Card – cartão de transporte usado por quem faz viagens entre cidades da Baixada Santista.

Na prática, isso significa que o usuário pode, por exemplo, usar o VLT, descer em Santos e pegar uma das 10 linhas municipais integradas pagando R$ 4,40. Até sábado, quem fazia isso pagava R$ 4,05 no primeiro trecho e R$ 3,85 no segundo. A conexão pode ser feita em até 60 minutos.

Existe a possibilidade, ainda, de o usuário pegar um ônibus intermunicipal, usar o VLT em seguida e, depois, embarcar em uma linha de Santos. Nesse caso, ele pagará a tarifa de maior valor de um dos modais, acrescida de R$ 1,00. 


“Num dia de alagamento, por exemplo, o VLT não vai até perto da minha casa. Então, eu posso descer aqui no Canal 1 e pegar um ônibus para chegar. Sendo que se não tivesse integração, eu precisaria pagar o ônibus no dinheiro. Então, eu preciso ou ter dois cartões ou andar com dinheiro”, avalia a analista financeira Franciele Ferreira, que mora no Parque São Vicente e trabalha no Centro de Santos.

Outra novidade é que o BR Card será aceito também para pagar a passagem das linhas municipais de Santos. As informações foram passadas em entrevista coletiva, esta semana, pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos, da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e da BR Mobilidade. 

Para obter o BR Card basta ir a uma das lojas da BR Mobilidade Baixada Santista. Em Santos, elas funcionam na rodoviária e nos shoppings Parque Balneário e Praiamar. O cartão é emitido na hora, mediante apresentação do CPF. Outra opção é o site  brmobilidadebs.com.br. O trabalhador que recebe vale-transporte de sua empresa deve procurar o setor de Recursos Humanos (RH) e pedir a aquisição do BR Card.Com a integração, a EMTU acredita que 35 mil passageiros passarão a usar o VLT diariamente. Hoje, são 21 mil. Segundo a empresa, foram entregues 14 trens, mas apenas dez estão em operação atualmente. Se todos entrarem em circulação, o tempo de espera na estação poderá ser reduzido de dez para seis minutos.


domingo, 13 de agosto de 2017

Prefeitura de Cubatão pede interligação de ônibus com Terminal Barreiros do VLT

12/08/2017 - Diário do Litoral

Outra alternativa destacada por Pedro de Sá é a retomada do transporte ferroviário entre Cubatão e Santos

Representantes da Prefeitura fizeram a reivindicação em reuinão realizada com a EMTU na quinta-feira (10)
Foto: Divulgação/Prefeitura de Cubatão


A integração das linhas intermunicipais que saem dos bolsões e da Vila Esperança com o terminal Barreiros do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) foi a principal reivindicação realizada por Cubatão em nova reunião com a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), realizada na quinta-feira (10), em Cubatão. O objetivo da medida é facilitar o acesso de moradores dessa região a seus locais de trabalho e concentrações de serviços, como o bairro do Gonzaga, em Santos.

Participaram do encontro o vice-prefeito e secretário de Planejamento de Cubatão, Pedro de Sá; o superintendente da Companhia Municipal de Trânsito (CMT) de Cubatão, Jefferson Cansou; o gerente regional da EMTU na Baixada Santista, Rogério Plácido das Neves; e o diretor de Transportes Públicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos, Murilo Barletta.

“Temos que criar alternativas para que quem usa transporte coletivo consiga chegar a todas as regiões da cidade de Santos via integração com o VLT e as linhas intermunicipais e municipais que já existem na cidade”, avalia o vice-prefeito. Ele afirma ser também necessário diversificar as linhas intermunicipais e integrá-las para evitar o aumento dos congestionamentos na cidade vizinha.

Trem urbano

Outra alternativa destacada por Pedro de Sá é a retomada do transporte ferroviário entre Cubatão e Santos com a reutilização do ramal que era usado pelas indústrias para levar trabalhadores entre as duas cidades. “Temos condições de criar um sistema de transporte ferroviário muito bom. O VLT vir para cá é um projeto de longo prazo, mas temos que resolver a questão do transporte para um ano, dois anos, três anos, e pensar no VLT pra daqui a oito anos, talvez, porque demora para ter projeto, para ter recurso, para construir. Enquanto não chega o VLT, não podemos ficar esperando e colocar as pessoas em ônibus lotado”, concluiu.

O encontro técnico desta quinta-feira é resultado de uma reunião realizada em julho, que contou também com a presença do prefeito Ademário Oliveira e vereadores da cidade, além da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem).”Do jeito que está não dá para ficar, há uma boa parte da população que trabalha em Santos, mas quem quer ir para o Gonzaga, por exemplo, tem que descer no Canal 3 e andar até lá ou pegar outro ônibus”, disse o prefeito na ocasião.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Em São Vicente, vice-governador entrega bicicletário em estação do VLT

09/08/2017 -  A Tribuna

Ainda foram entregues por França um pátio de manobras e um prédio administrativo

GUSTAVO T. DE MIRANDA

O vice-governador Márcio França esteve em São Vicente, na manhã desta quarta-feira (9), para fazer a entrega de um bicicletário, um pátio de manobras e um prédio administrativo na Estação Terminal Barreiros do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Durante a solenidade de inauguração, França, que foi prefeito duas vezes de São Vicente, disse que, "agora, as pessoas poderão trazer suas bicicletas com segurança". 

Na avaliação do vice-governador, o pátio de Barreiros "é o pontapé para o VLT chegar na Área Continental, onde há 130 mil moradores".

No futuro, a terceira fase do VLT vai chegar até o Samaritá. No momento, o Estado faz um estudo para decidir se a linha ferroviária ao lado da Ponte dos Barreiros tem condições de receber o VLT.

Vice-governador participou da entrega de equipamentos em estação do VLT (Foto: Carlos Nogueira/AT)

Política

Quando questionado obre o apoio do PSB ao PSDB na eleição presidencial, o vice-governador adotou um tom conciliador. 

"O Brasil não tem mais espaço para salvador da pátria. São Paulo é o estado mais estável. Pessoalmente, apoiarei sempre o Alckmin. Vou fazer todo esforço para que meu partido esteja com o Alckmin".

domingo, 6 de agosto de 2017

Bonde do posto turístico do Gonzaga é revitalizado

05/08/2017 - Tribuna Online

Veículo terá cores de quando circulou na orla, entre os anos de 1984 e 1986

O bonde localizado na Praça das Bandeiras, no Gonzaga, e que serve de Posto de Informações Turísticas (PIT), será reformado pela Prefeitura.

De acordo com a Administração Municipal, a estrutura ganhará novo visual. Uma equipe da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) trabalha na manutenção e renovação da pintura que vai deixar o veículo com as cores de quando circulou na orla, entre 1984 e 1986.

Marco Rogério Nascimento, engenheiro da CET, explica que o bonde, do tipo camarão, foi recuperado por funcionários da antiga CSTC, que sucedeu a SMTC na operação do sistema de elétricos. Foi um dos veículos fechados construídos pela SMTC entre 1950 1960 e serviu de referência para o restauro de outros bondes visando à implantação da linha turística no Centro Histórico, inaugurada em 2000.

Fazem parte da restauração serviços como troca de madeiras, aplicação de antiferrugem e a nova pintura nas cores amarelo trigo, marrom jatobá e ocre damasco (faixas). Os trabalhos devem ser concluídos até o próximo mês, quando se comemora o Dia do Bonde – 23 de setembro.

Vandalismo

Em fevereiro deste ano, o bonde foi alvo de vandalismo e precisou ser fechado em pleno Carnaval. Na ocasião, de acordo com a Prefeitura, foi por conta da destruição da porta e do degrau de entrada. 

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Após as férias de julho, linha turística e bonde sofrem alterações em Santos

01/08/2017 - A Tribuna

Atrações tiveram dias e horários modificados devido ao término da temporada de inverno

DE A TRIBUNA ON-LINE @atribunasantos 15:03 - Atualizado em 01/08/2017 - 15:03

Ingressos para os passeios de bonde são vendidos 
no Museu Pelé (Foto: Marcelo Martins/ PMS)

Com o término da temporada de inverno na região, os horários da Linha Turística do Bonde e o city tour da Linha Conheça Santos sofreram alterações.

Já nesta terça-feira (1º), os bondes tradicionais (escoceses e português) passarão a funcionar no Município de terça a sexta-feira, das 11 às 17 horas, com intervalos de uma hora. 

Durante as sextas-feiras, o Bonde Café circulará pela cidade, com saída a cada uma hora, entre o horário das 13h30 às 16h30.

Aos sábados, os horários também sofrerão alterações. Os bondes tradicionais passarão a circular a cada meia hora, das 11 às 17 horas, enquanto o Bonde Café continua a circular a cada 60 minutos das 11h50 às 16h50. Aos domingos, os bondes elétricos saem a cada uma hora, das 11 às 17 horas, no mesmo momento em que acontece o funcionamento do Bonde Café, também com intervalo de uma hora, das 12h30 às 16h30.

Ingressos

O ponto de embarque para o passeio fica na Estação do Valongo e os ingressos são vendidos no Museu Pelé. A passagem custa R$ 6,50, com meia-entrada para professores, estudantes e maiores de 60 anos – crianças até 5 anos, no colo, não pagam ingresso.

Linha Conheça Santos

Outro passeio que sofre alterações com o fim da temporada de inverno é a Linha Conheça Santos. O city tour panorâmico com guia de turismo, que conta sobre a história local e seus pontos turísticos, além de ter parada para visitação em um local diferente a cada semana, será realizado aos sábados, domingos, feriados e pontos facultativos, com saída às 10 horas e 14 horas. 

O micro-ônibus sai do Posto de Informações Turísticas (PIT) do Gonzaga, que funciona no Posto de Salvamento 3.

O ingresso para o city tour custa R$ 12,00 e a quantia deve ser paga diretamente ao motorista.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Santos estuda implantação de duas novas fases do VLT

30/07/2017 - A Tribuna

Objetivo é que o modal chegue à região da orla e também à Ponta da Praia

SHEILA ALMEIDA 

Santos assinou um termo de cooperação com a EMTU para iniciar estudos que podem viabilizar duas novas etapas de ampliação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na Cidade: a fase 3, para o modal trafegar da Avenida Conselheiro Nébias à Praia; e a fase 4, que levará passageiros da Conselheiro Nébias até a Ponta da Praia pela Avenida Afonso Pena.

Além disso, em 60 dias a Prefeitura quer entregar a documentação para que o Estado abra, até dezembro, licitação das obras da fase 2 – trecho entre a Conselheiro Nébias e o Valongo. A assinatura ocorreu na presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB), no sábado (29), durante cerimônia da Vila Criativa na Vila Progresso.

O diretor-presidente da EMTU, Joaquim Lopes, explicou que a parceria permite que a empresa, que é responsável pelo VLT, trabalhe em conjunto com a Prefeitura de Santos para desenvolver os projetos que são estritamente municipais.

“Como (nas fases 3 e 4) os deslocamentos serão de Santos para Santos, não podemos desenvolver isso. O protocolo de intenção assinado vai virar um convênio de cooperação técnica. Com ele, o prefeito solicita que se permita o trabalho em conjunto, para desenvolver o projeto. O documento pronto cria condições para que Santos se habilite para buscar recursos (para as obras)”, disse Lopes.

O prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) ressaltou que, apesar de a fase 2 não estar finalizada ainda, a ideia é garantir celeridade. “A segunda etapa está no processo final de licenciamento e a expectativa é que em 60 dias isso esteja concluído – o que vai possibilitar o Estado licitar ainda este ano para tirar (a obra) do papel. Aí, a gente tem a necessidade de pensar na expansão do modal dentro da Cidade. Por isso, a ideia da fase 3, que é a conexão com a Praia, e da fase 4, que é a conexão com a Ponta da Praia”. 

Barbosa quer todo esse trâmite pronto para conseguir apoio financeiro dos governos federal e estadual. “Com os estudos feitos, projetos concluídos e valores atribuídos, poderemos dividir as competências em termos de recursos para executar as obras”.


Há 5 meses, o VLT opera entre as estações Barreiros (SV) e Porto (Santos) (Foto: Alberto Marques)

Alckmin anuncia integração entre VLT e ônibus municipais

30/07/2017 - Diário do Litoral

Governador participou da inauguração da Vila Criativa da Vila Progresso e assinou repasses para a Região

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve em Santos ontem para inaugurar o Centro Turístico, Cultural e Esportivo “Vila Criativa – Unidade Vila Progresso”. Durante a festividade, assinou um convênio para integração tarifária entre os ônibus de Santos e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e afirmou que o prazo para a integração é de até 45 dias. Além disso, assinou um repasse de R$ 16 milhões para custeio do Hospital dos Estivadores até ­dezembro. 

Atualmente, quem utiliza os dois tipos de transportes desembolsa R$ 7,90 ao todo. Com a medida, passará a pagar R$ 4,40, uma economia de R$ 3,50. Porém, é importante que o usuário fique atento já que a integração ocorre em dez linhas específicas: 7, 13, 20, 30, 40, 53, 77, 153, 154, 155.

A integração do VLT com as linhas intermunicipais começou em junho, envolvendo 37 linhas gerenciadas pela EMTU. Este número vai aumentar para 40, quando o convênio entrar em vigor. 

“Temos três boas notícias para a região. A primeira é a entrega deste complexo cultural, de lazer e qualificação profissional, com investimento de R$ 7,9 milhões do Dade e da Prefeitura. A segunda é a assinatura do bilhete único para integração tarifária, que vai gerar uma economia de 44%. E a terceira é o repasse de R$ 16 milhões para custeio do Complexo Hospitalar dos Estivadores, para que ele possa continuar prestando um bom serviço”, explicou Alckmin. 

O governador chegou à cidade pela manhã e seguiu para a inauguração do complexo, localizado na Rua Moisés, na Vila Progresso. Os moradores do bairro contam agora com um ginásio poliesportivo, brinquedoteca, sala de cinema, ginástica, balé, aula de informática e cursos de qualificação para o mercado de trabalho.

O espaço foi construído com recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios (Dade), vinculado à Secretaria do Turismo. 

“Esse é o ponto mais alto de Santos e esta obra é muito importante para a Vila Progresso. Esse equipamento vai trazer mudanças para a vida das pessoas que moram no morro”, disse o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) em seu ­discurso. 

Ampliação do VLT

Durante a visita, Alckmin também anunciou a ampliação da extensão do sistema do VLT, através de um protocolo de intenções. Desta forma, estudos ainda iniciais com a Companhia de Engenharia de Trafego (CET), projetam a fase 2 e 3 dos novos trajetos do VLT. 

De acordo com Joaquim Lopes, diretor-presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), os estudos da fase 2 são os mais adiantados e devem ser apresentados nos próximos dois meses. “Depois da conclusão dos estudos, aí é que vamos ver os custos para poder licitar o projeto”, explicou Lopes. 

Na fase 2 estão previstas mais 14 estações, instaladas entre a Avenida Conselheiro Nébias e o Valongo.

Equipamentos na Região

Questionado sobre o que as outras cidades da Baixada Santista poderiam esperar de investimentos para a área da saúde, o governador afirmou que o Governo do Estado está investindo na Baixada Santista. 

“Vamos fazer um grande AME cirúrgico em São Vicente e estamos apoiando todas as Santas Casas. Há também a ampliação do Hospital de Itanhaém, que passa de 90 para 240 leitos, sendo 40 só de UTI”, justificou Alckmin. 

Ainda de acordo com o governador, as obras do Hospital de Registro, no Vale do Ribeira, também já estão no fim, assim como no Hospital de Caraguatatuba, no Litoral Norte. “Teremos então mais atendimento nesses locais, o que irá aliviar os equipamentos da Baixada Santista”, ­finalizou. 

Compromissos

Após a inauguração do complexo na Vila Progresso, Geraldo Alckmin seguiu para Itanhaém para participar da entrega das obras de revitalização da Praça Ângelo Guerra, realizada com verba do Dade.

Ainda no município, ele descerrou a placa de obras de saneamento realizadas pela Sabesp nos municípios de Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande e inaugurou o início da reforma da sede do Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Passeio especial de bonde terá queijos e vinho na véspera do Dia dos Namorados

07/06/2017 - A Tribuna

Opção romântica para a data, percurso pelo Centro de Santos ainda tem ingressos à venda

DE A TRIBUNA ON-LINE @atribunasantos 

Bonde terá decoração especial para a data. (Foto: Divulgação/PMS)

Quem quiser fazer uma surpresa para o parceiro neste Dia dos namorados pode participar, no domingo (11), dopasseio 'Para Sempre namorados', que será realizado no Bonde Arte, no Centro Histórico de Santos.

No bonde, os casais poderão degustar um cardápio de queijos, salame, azeitonas e frios, acompanhados de vinho, suco e água. Um petit gateau será servido de sobremesa. 

O toque romântico ficará por conta da decoração especial do bonde e uma recepção diferenciada para as mulheres. As saídas para os passeios serão às 14h, 15h, 16h e 17h da Estação do Valongo (Largo Marquês de Monte Alegre s/nº, Valongo). 

Os convites individuais custam R$ 55,00 e as reservas devem ser feitas pelo telefone 97402-4515.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Prefeitura de Cubatão pleiteia extensão do VLT na cidade

04/06/2017 - A Tribuna

Vice-prefeito da Cidade defende ligação a partir do Valongo, por via férrea já existente; para EMTU, prioridade é completar projeto em curso

Via férrea existente é utilizada para transporte de carga 
ao Porto (Foto: Carlos Nogueira/ A Tribuna)

O vice-prefeito Pedro de Sá Filho (PTB) defende a extensão da linha do VLT implantado pela EMTU em São Vicente e Santos até Cubatão, integrado a um anel viário que terminaria em Praia Grande, percorrendo a área continental vicentina. 

Para isso, bastaria utilizar a malha ferroviária já instalada na região, neste domingo (4), restrita apenas a trens de carga, para o transporte de passageiros de forma alternada.

“O VLT, no qual já foram investidos R$ 1,34 bilhão, não pode ficar restrito apenas a São Vicente e Santos. Deve integrar a região metropolitana da Baixada Santista”, defende Sá Filho.

Ele participou dia 23 de maio da 210ª reunião do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) com o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes da Silva, para debates sobre as novas fases de implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região.

E concordou com o pleito apresentado pelo prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (que também preside o Condesb, PSDB), de inverter as novas fases de implantação do VLT, priorizando a interligação com Praia Grande, a partir da futura estação na Esplanada dos Barreiros, atingindo as demais cidades do Litoral Sul. 

Cerca 2,8 milhões de passageiros por mês utilizariam o novo serviço, média de 90 mil por dia, assinalou Mourão. Uma das alternativas seria aproveitar os trilhos do antigo ramal ferroviário que segue na direção de Cajati. 

O prefeito de Peruíbe, Luís Maurício (PSDB), sugeriu que um documento seja encaminhado ao governador do Estado, detalhando a proposta.

Cubatão

Para o vice-prefeito de Cubatão, o aproveitamento dos atuais ramais ferroviários podia ser fomentado com a aplicação de R$ 800 milhões de investimentos destinados pelo Estado à continuidade do projeto do VLT, adaptando bitolas apropriadas aos trilhos atuais para a passagens das composições. 

“Até meados dos anos de 1990, os trens de passageiros ainda circulavam entre a Praça Marquês de Monte Alegre e Paranapiacaba, passando por Cubatão e atendendo ao polo industrial. O Governo do Estado estuda a reativação dessas linhas. Os trilhos estão à disposição e podem ser usados pelo VLT”, diz Sá Filho.

De acordo com ele, a EMTU se preocupa no momento a discutir apenas o VLT em Santos e São Vicente.

“E isso não é integração metropolitana. Para interligar os municípios, defendo a utilização de trilhos ferroviários. Basta combinar horários de passagem das composições. 

É possível utilizar o ramal ferroviário até Cubatão. E, se for o caso, para se interligar de Cubatão ao antigo ramal da Sorocabana, por uma ramal já existente que passa próximo à Unipar Carbocloro, seguindo na direção de São Vicente e Litoral Sul. Os trilhos existem, só precisam ser aproveitados”.

Sá Filho lamenta que o projeto do VLT tenha ignorado Cubatão. E quer que a Cidade seja incluída para atender à população e a trabalhadores do polo que moram na região, com tarifas integradas às linhas de ônibus urbanas.

Resposta

A assessoria de Imprensa da EMTU assinalou, em nota enviada para A Tribuna, que vai analisar o pleito do vice-prefeito de Cubatão. Mas, a empresa, “no momento, considera prioritário concluir o projeto executivo do trecho Conselheiro Nébias – Valongo do VLT, que tem previsão de publicação do edital de obras no final de 2017”. 

A EMTU assinala também “que o sistema intermunicipal da Baixada Santista já contempla a ligação Cubatão – Santos com 17 linhas (de ônibus) que poderão se integrar ao VLT no futuro Terminal Valongo ou em outras paradas previstas para a região central de Santos, aumentando assim o leque de opções do usuário metropolitano de Cubatão que deseja se deslocar até os municípios de Santos e São Vicente”.



quinta-feira, 1 de junho de 2017

Em Santos, Bonde Arte terá passeio especial para o Dia dos Namorados

31/05/2017 - A Tribuna 

Passeio será realizado em quatro horários, no próximo dia 11; convites custam R$ 55,00

DE A TRIBUNA ON-LINE @atribunasantos


Passeio, com degustação de frios, partirá da Estação Valongo (Foto: Raimundo Rosa/Prefeitura de Santos)

Quem deseja dar um presente diferente neste Dia dos Namorados poderá fazer um passeio temático a bordo do Bonde Arte, no próximo dia 11, em Santos. Serão quatro saídas às 14h, 15h, 16h e 17 horas da Estação Valongo. Os convites já estão à venda e custam R$ 55,00. 

Durante o passeio, em veículo especialmente decorado para a ocasião, o casal poderá desfrutar de um cardápio com degustação de queijos, salame, azeitonas e frios, acompanhados de vinho, suco e água. Para a sobremesa será servido um delicioso petit gateau. Tudo isso ao som do músico Marquinhus Melodia.  

Reservas podem ser feitas pelo telefone 97402-4515. O passeio temático é uma realização do Buffet Boteco e Festas VIP C&C, com apoio da Secretaria de Turismo

São Vicente começa a definir tarifa integrada de lotação e VLT

31/05/2017 - A Tribuna

Reunião inicial ocorreria nesta quinta-feira, mas foi adiada por ausência de representantes da EMTU

DA REDAÇÃO 

Reunião inicial ocorreria nesta quarta-feira, mas foi adiada  (Foto: Irandy Ribas/AT)

A integração das tarifas do transporte municipal de São Vicente e do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) começa a ser definida nos próximos dias. A primeira reunião sobre o futuro formato do transporte vicentino e para a elaboração do edital que definirá quem ficará responsável pelo serviço ocorreria nesta quinta-feira (1º), mas foi adiada porque representantes da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), do Governo Estadul, não poderiam comparecer nesta data.

Com média entre 15 mil e 20 mil pessoas utilizando o transporte público por dia, ou cerca de 600 mil usuários por mês, segundo estimativa da Secretaria de Trânsito e Transportes de São Vicente, a Cidade mantém o sistema de transporte alternativo, que é feito por 275 micro-ônibus.

Circulando por todos os bairros vicentinos, os veículos que formam o sistema são administrados pela Cooperlotação, que conta com sete associações. “Cada veículo tem o seu proprietário, conforme o alvará registrado. Hoje, São Vicente não tem uma empresa operando como concessionária. Este modelo atual inviabiliza a integração. Por isso, temos discutido a questão desde o início do governo do prefeito Pedro Gouvêa (PMDB)”, explica o secretário de Trânsito e Transportes, Alexandre Almeida da Costa.

O secretário destaca que a reunião será mais um passo no sentido de se instituir a integração. “A reunião contará com a presença de técnicos da EMTU, que nos tem dado subsídios para que a mudança necessária seja concretizada”.

Costa também trata dos profissionais que atuam no transporte vicentino. “Eles terão de se adaptar às regras que forem definidas, mudando a atual forma administrativa da Cooperativa, para, assim, poderem participar do futuro processo licitatório”, explica.

A Tribuna procurou representantes da Cooperlotação, mas não conseguiu o retorno até a publicação deste nota.

Pode mudar

Com a tarifa integrada, os usuários pagarão apenas um valor, que será definido com a oficialização do sistema, para utilizarem os ônibus (ou micro-ônibus, se estes vencerem a futura licitação) e o VLT.

“Ainda não temos um valor definido. Mas é certo que a integração vai facilitar o transporte e com preço bem mais acessível para os usuários”, de acordo com o secretário.

A integração existe há anos na Capital: usuários do metrô podem optar pela integração entre este serviço e ônibus ou os de metrô e trens, pela ligação do sistema da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô com os ônibus municipais da SPTrans.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Mourão quer acelerar implantação do VLT em Praia Grande

23/05/2017 - A Tribuna

Mobilidade urbana foi um dos temas debatidos em reunião do Condesb

O prefeito de Praia Grande Alberto Mourão propôs para o diretor-presidente  da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes da  Silva, inverter as novas fases de implantação do Veículo Leve sobre  Trilhos (VLT) na Baixada Santista e, desta forma, acelerar sua chegada ao  Município. O debate sobre o tema ocorreu na 210ª reunião do Conselho de  Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), nesta terça-feira (23), em Santos. 

A solicitação de Mourão beneficiaria não só Praia Grande, mas também as demais cidades do Litoral Sul. No total, cerca 2,8 milhões passageiros por  mês utilizariam o novo serviço, média de 90 mil por dia. Por conta disso, o prefeito de Peruíbe, Luís Maurício,  sugeriu que um documento seja encaminhado para o Governador do Estado de São Paulo. Os conselheiros do  Condesb aprovaram a proposta do envio do material.

O prefeito de Praia Grande defendeu uma maior percepção metropolitana na tomada de decisões em busca de resolutividade das questões na Baixada Santista. Segundo a programação oficial de implantação do VLT, os trechos seguintes são o que ligam a Avenida Conselheiro Nébias ao Valongo, em  Santos, e, na sequência, da Esplanada dos Barreiros até o Samaritá, em São Vicente.

“Ainda tem R$ 800 milhões de investimento para manter quase o mesmo fluxo de passageiros atual. Acaba que com isso estão deixando 2,8 milhões de pessoas por mês fora da integração do transporte. Mais gente no sistema significa também baixar o custo do subsídio do Estado, assim maior equilíbrio para a operação. Não quero tirar o investimento de local nenhum, apenas inverter o processo. Como já está licenciando a ponte dos Barreiros e as licenças ambientais daquele trecho, a proposta é só agregar os 3,5 quilômetros até o Terminal Tude Bastos. Nada é simples na vida, mas também não é tão impossível se quiser fazer”, comentou Mourão.

Mourão explicou ainda que o Terminal Tude Bastos é referência no sistema de transporte e, por isso, o percurso deve ser direcionado para aquela área reforçando a integração do transporte com o VLT de Santos. “Seria um ligação da ponte dos Barreiros para o Terminal. Naquela região da Cidade já existe uma licença ambiental de um loteamento aprovado para aquele local. Importante destacar que a avenida principal do Sítio do Campo é larga, tem 35 metros, e por isso não necessitaria de desapropriações, reduzindo gastos”.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Ajustes e aumento marcam início da primeira fase do VLT

07/02/2017 - Diário do Litoral

Entregue ainda em obras, modal ficará mais caro, mas ainda assim é elogiado pelos usuários

Apesar da entrega, reparos pontuais ainda são feitos; são vedados também os embarques e desembarques na Estação Conselheiro Nébias, que segue em obras
Foto: Matheus Tagé/DL


Após a entrega da primeira fase, há exatamente uma semana, a tarifa do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) ficará mais cara nos próximos dias. Isso porque o Governo do Estado de São Paulo obteve decisão favorável pelo Tribunal de Justiça para reajustar a tarifa dos ônibus intermunicipais.

Ainda não há data para a efetivação do reajuste, mas para checar a eficiência do serviço prestado a reportagem do Diário do Litoral embarcou no modal e acompanhou todo o trecho entregue na primeira fase, que é composta por 15 estações distribuídas em 11,5 quilômetros. Apesar da entrega e do início das operações, reparos pontuais ainda são feitos  durante parte do trajeto. São vedados também os embarques e desembarques na Estação Conselheiro Nébias, segunda a compor o trajeto e que ainda está em obras de adequação, sem catracas.

De acordo com a EMTU, está sendo finalizada a implantação do sistema de segurança no trecho, que entrará em operação até o final de fevereiro.

Debaixo do sol forte de ontem, a balconista Celina Garcia da Silva aguardava com ansiedade a chegada do modal na Estação Porto. Quando o VLT abriu as portas, a sensação foi de alegria e descanso – proporcionado pela quantidade de assentos vazios e pelo ar-condicionado, que embora fraco, refrigerava o ambiente.

“Faço tratamento quimioterápico no Hospital Guilherme Álvaro e o trajeto de ônibus é muito cansativo, principalmente quando saio das sessões. Hoje decidi testar o VLT, mas para minha surpresa a Estação Conselheiro Nébias não está funcionando. Precisei andar até o Porto para pegar”, destacou, acrescentando que tirando o contratempo a viagem foi satisfatória. “Sou de São Paulo e quando cheguei na Baixada senti falta da comodidade e agilidade do metrô. Hoje mesmo, para chegar ao hospital, demorei mais de uma hora de ônibus”. O retorno com o VLT foi feito em 40 minutos.

Tempo

A reportagem fez os trajetos Porto - Barreiros e Barreiros-Porto em 90 minutos. O tempo entre cada parada demora em média de 3 a 5 minutos.

Na viagem sentido Terminal Barreiros, o painel indicador das estações estava desatualizado, apontando como primeira parada após a Estação Porto a Estação Pinheiro Machado.

No trecho de túnel, localizado ao lado da gruta de Nossa Senhora de Lourdes, foi possível ver dezenas de usuários de drogas e pessoas em situação de rua. O consumo e a venda de entorpecentes acontecem à luz do dia, sem qualquer intervenção ou policiamento.

Questionada sobre a segurança no trecho, a Prefeitura de Santos disse, por meio de nota, que a região é monitorada diariamente pela equipe de rua da Secretaria de Assistência Social há anos. A equipe visita o local pela manhã e a tarde, mas apesar das seguidas tentativas de abordagem, quase todos recusam o contato com os técnicos.

A nota destaca ainda que “por observação do território, sabemos que nem todos são pessoas em situação de rua, existem muitos moradores do entorno que vão na gruta para compra e consumo de drogas no local.  A Guarda Municipal, em apoio à Polícia Militar, executa operações constantes no túnel e região”.

Moradores elogiam serviço e trajeto

Apesar dos problemas pontuais, o veículo foi aprovado pelos usuários ouvidos pela reportagem.

Na visão do aposentado José Domingos de Almeida a operação do VLT facilitou principalmente a vida dos moradores da Avenida Martins Fontes, em São Vicente. A via não possui tráfego de ônibus intermunicipais.      

“Tenho notado que cedinho isso aqui (o VLT)foi a melhor coisa que fizeram para a galera da Vila Margarida”, aponta.

A fala é reforçada pela auxiliar de enfermagem Nilzete Ferreira, moradora da Vila Mateo Bei. “Transporte público aqui era terrível. Ou pegava na Vila Margarida ou precisávamos andar mais de cinco quarteirões para pegar no Beira Mar. Para quem mora nesse pedacinho foi uma benção. Trabalho no Canal 1 e já uso o VLT desde o início das operações. Ele funciona muito bem, até quando chove muito e o trânsito normal complica por causa dos alagamentos”, destaca.

A aposentada Marlene Oliveira endossa o coro, mas faz uma ressalva. “Domingo à tarde, por volta das 18h, estava cheio demais. A galera toda foi para a praia e ficou lotado. O ar não deu conta e os assentos foram tomados sem respeitar os mais velhos. Esse ponto precisa melhorar”, finaliza.

Pleno funcionamento acontecerá em abril

Questionada sobre o pleno funcionamento do modal – que atualmente trafega das 7 às 19h e deverá funcionar das 5h30 às 23h30 – a EMTU destacou que a ampliação do horário e do número de estações atendidas, além da integração tarifária com as linhas municipais de Santos, está prevista para abril de 2017.

A meta é que o veículo transporte diariamente 35 mil usuários no primeiro trecho do empreendimento. Atualmente, são em média 8,5 mil por dia.

A EMTU afirma que a integração tarifária do VLT com 37 linhas intermunicipais já ocorre desde o segundo semestre de 2016. A interligação entre o transporte público municipal de São Vicente com o VLT ainda segue sem prazo para efetivação.

A operação do VLT da Baixada Santista teve início em abril de 2015 (o primeiro prazo era junho de 2014). O trecho completo, que entrou em operação no último dia 31, tinha previsão de entrega em outubro. A obra teve início em maio de 2013.