sábado, 30 de março de 2013

VLT chega como solução de transporte em Bauru

23/03/2013 - Agência Bom Dia

Projeto já apresentado por companhia sugere modelo econômico com integração ao transporte coletivo

Por Rodrigo Viudes

Do mesmo modo como se despediu da rotina da cidade, há 12 anos, como o BOM DIA recordou, na abertura desta série sobre a ferrovia, sábado passado, os trens de passageiros podem reaparecer na rotina do bauruense, de volta à antiga gare da estação central.

Desta vez, para servir à população na própria cidade, por VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), como este aí ao lado, que já parece estar pronto para receber seus futuros passageiros por aqui.

O projeto do futuro trem, aliás, já desembarcou na cidade, no ano passado, apresentado pela principal empresa nacional do setor, a Bom Sinal, com sede fabril em Fortaleza (Ceará). "Bauru é uma cidade privilegiada para esse produto porque já tem os trilhos disponíveis, o que economiza muito mais em sua implantação", afirmou o diretor de suprimentos e comercial da empresa, o bauruense Ricardo Fanton.

Custos
Mas, para entrar nos trilhos, o VLT demandaria um investimento razoável. De acordo com os cálculos da empresa, o quilômetro do sistema sairia entre R$ 3 milhões e R$ 12 milhões.

Entende-se por "sistema" o conjunto de operação - sinalização, passagens de nível, cancelas, centro operacional, oficina e material rodante. "O modelo ideal para Bauru, ao meu ver, seria o investimento público na via e nas oficinas e a concessão do serviço para a empresa que venha a adquirir os VLTs ", sugeriu Fanton.

Ele disse ter tido o último contato com a prefeitura para tratar sobre o assunto em novembro do ano passado. Desde então, aguardaria um pré-projeto para análise da demanda.

Subvenção
O prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) avaliou bem a possibilidade de Bauru vir a contar com o VLT, mas fez algumas ressalvas em relação às condições para operação e sobrevivência do serviço.

"Hoje não teríamos condições de tráfego em nossos trilhos. Não há segurança . E o VLT só consegue se manter se houver subvenção do governo do estado ou federal. Só com o dinheiro da passagem, não dá", avaliou.

Mesmo assim, o setor produtivo da cidade vê com bons olhos a possibilidade de contar com o VLT como um esforço para diminuir o intenso tráfego de veículos da cidade. "É uma ideia que precisa estar integrada com o transporte coletivo urbano e que agregue mais qualidade", afirmou o presidente da Acib (Associação Comercial e Industrial de Bauru), Reinaldo Cafeo.

Bauru teve 'tentativa de subúrbio' em 1988
A interligação de bairros por trilhos não é uma novidade em Bauru. Entre 1988 e 1990, a extinta Fepasa ofereceu o Trem de Subúrbio. A composição era formada por dois carros de passageiros e duas locomotivas elétricas. Fazia o trajeto entre a estação central e o núcleo Octávio Rasi, com algumas paradas. Mas, sem uma integração com os ônibus, acabou esquecido e desativado.

6 Milhões de reais é o valor médio de um VLT da Bom Sinal

Apenas um VLT tira dez ônibus das ruas
Com capacidade para até 766 passageiros, apenas um modelo com quatro carros seria suficiente para desafogar o trânsito de Bauru de dez ônibus ou mesmo 62 vans. Além disso, a versão elétrica – assim como a por biodiesel – desses veículos têm durabilidade de até 30 anos e manutenção quase que 100% de produtos feitos no Brasil.

sexta-feira, 22 de março de 2013

São José dos Campos apresenta projeto do metrô de superfície


26/11/2012 - G1 Vale do Paraíba e Região

Veículo Leve sobre Trilhos - VLT - vai depender da nova administração..

Estudo mostra que capacidade de transportar passageiros deve crescer.

Prefeito e demais convidados durante apresentação do VLT, em São José. (Foto: Divulgação/Ipplan)

O Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento (Ipplan) de São José dos Campos apresentou nesta segunda-feira (26) o projeto de construção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da cidade. De acordo com o instituto, foram quase dois anos de estudos para o novo meio de transporte público que deve ser implementado até 2030.
Segundo o Ipplan, o número de passageiros que vão usar o sistema de transporte coletivo na cidade por dia poderá saltar dos atuais 330 mil para 495 mil. Pelo atual projeto, o VLT terá 94 quilômetros de extensão e 8 linhas que seriam construídas por etapas.
A primeira delas ligaria a zona sul à região central passando pela Avenida Andrômeda. As outras linhas passariam pela Estrada Velha, Avenida dos Astronautas, zonas leste, norte e oeste e duas na região central.
De acordo com Cynthia Gonçalo, diretora do instituto, a construção do VLT só seria viável com o auxílio de verbas do governo federal. Por isso, o projeto foi incluído no PAC 2, o Programa de Aceleração do Crescimento.

Computação gráfica coloca VLT no centro da cidade.
(Foto: Reprodução/TV Vanguarda)

“Atende todas as diretrizes do PAC 2 Mobilidade. O projeto já está protocolado lá, ele tem um custo de R$ 1,1 bilhão. Envolve todo o crescimento de demanda da habitação, da demanda de transportes, crescimento de emprego, crescimento da população até 2030”, explicou.

A expectativa do atual prefeito, Eduardo Cury (PSDB), é que a população comece a usar o VLT em quatro anos, mas para isso o projeto precisa ser aprovado pela próxima gestão, do petista Carlinhos Almeida. A próxima gestão vai analisar o projeto, ver se eles concordam em fazer um VLT, um metrô de superfície em São José e começar a implantação.

“O governo federal vai dar a resposta agora em dezembro, no começo de janeiro sobre a aprovação dos recursos. Em dando a sinalização, a licitação pode ocorrer no ano que vem e começar as obras no final de 2013, 2014, e dentro de três anos, somando hoje quatro anos, você pode ter as primeiras linhas sendo operadas”, disse.

O Ministério das Cidades confirmou que o projeto do VLT foi protocolado em agosto e está em análise. Já o prefeito eleito, Carlinhos Almeida (PT), informou que tem interesse em implantar o metrô de superfície, porque considera uma boa alternativa para a cidade.

sábado, 9 de março de 2013

Prospecção arqueológica do VLT teve início nesta segunda-feira

19/02/2013 - A Tribuna Online

A assinatura do contrato de execução e a emissão de Ordem de Início das obras do Lote 1, que vai do Terminal Barreiros, em São Vicente, até a Avenida Conselheiro Nébias, em Santos, está previsto para março de 2013

Os trabalhos de prospecção arqueológica do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) tiveram início na manhã desta segunda-feira em todo bairro Barreiros, em São Vicente, até a Avenida Conselheiro Nébias, em Santos. A previsão é de que as sondagens estejam concluídas até o dia 4 de março.

A prospecção arqueológica consiste em um programa de intervenções no subsolo em locais de maior potencial arqueológico dentro da área de influência direta de um empreendimento. No caso do VLT, a execução será gerenciada pela EMTU/SP. O procedimento faz parte do processo de licenciamento ambiental.

Além do gerente regional da EMTU/SP Rogério Plácido, participaram do trabalho os arqueólogos Lúcio Cioni Sanabria Zarati e Vinicius Melquiades dos Santos.

Ao final da prospecção, cabe também ao Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural (IPHAN) aprovar os trabalhos. A aprovação será encaminhada à Cetesb para concessão da Licença de Instalação e início das obras.

Nesta segunda-feira, dois arqueólogos supervisionam as sondagens realizadas em 450 pontos, localizados a cada 25 metros na faixa de implantação. Caso sejam encontrados vestígios arqueológicos, o material será resgatado, analisado e encaminhado a estabelecimentos especializados em conservação.

Início das obras e outros trechos

A assinatura do contrato de execução e a emissão de Ordem de Início das obras do Lote 1, que vai do Terminal Barreiros, em São Vicente, até a Avenida Conselheiro Nébias, em Santos, está previsto para março de 2013, com previsão de conclusçao do trecho em março de 2014.

O Lote 2 (Conselheiro Nébias - Valongo) tem previsão de início de obras em junho de 2013 e conclusão em julho de 2014. O Plano de Prospecção Arqueológica desse trecho já foi protocolado junto ao IPHAN e aguarda aprovação e emissão da portaria que autoriza o início das sondagens. O primeiro VLT está previsto para começar a circular, em fase de testes, a partir de maio de 2014.

Vereador propõe projeto de VLT para Araraquara

27/02/2013 - Revista Ferroviária

O vereador de Araraquara (SP) Elias Chediek se reuniu, na última segunda-feira (25), com o secretário municipal de Trânsito e Transportes da cidade, Mário Yamada, para apresentar projeto de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para Araraquara.

Na reunião, Chadiek pediu ao secretário que fossem feitos estudos para a implantação de um trajeto de 12 quilômetros entre os bairros de Jardim das Hortências e Pinheirinho, a partir da desativação da linha ferroviária que passa pelo centro da cidade. Os trilhos que passam por dentro de Araraquara serão desativados quando o contorno ferroviário estiver concluído.

Com nove quilômetros de extensão e um pátio de manobras com 27 quilômetros de trilhos, o contorno está com 80% das obras concluídas e tem previsão de entrega para maio deste ano.

Consultor técnico da Fepasa aposentado, Elias se considera um entusiasta das ferrovias e acredita que o projeto seria muito bom para a cidade. "Custaria muito mais caro arrancar os trilhos e recapear a pista para transformá-la em via para carros. Como ex-ferroviário, acredito que a implantação do VLT em Araraquara seria mais bem aproveitado pela população que uma avenida."

Segundo Chediek, representantes da Tria, fabricante espanhola de VLTs, estiveram em Araraquara e demonstraram interesse em participar do projeto.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Artigo: VLT na Baixada Santista

14/02/2013 - DCI

*Paulo Schiff

A licitação para as obras do trecho inicial do Veículo Leve Sobre Trilhos - VLT - recebeu mais um adiamento. O trecho vai da Esplanada dos Barreiros, em São Vicente, até o início da Avenida Conselheiro Nébias, no centro velho de Santos.

Os pessimistas ganharam mais um motivo para reclamar do governo estadual tucano e descrer da concretização desse projeto.

Mas desta vez a descrença não está fundamentada. Primeiro porque a licitação foi transferida para data próxima - 11 de março. Segundo porque o motivo era técnico e justo (uma centena de esclarecimentos do edital solicitados pelas empresas pré-qualificadas).

E depois porque outras etapas importantes vêm sendo tocadas e representam evidências claras de que desta vez a lenda sai do papel.

As fichas de Alckmin

O governo Alckmin aposta todas as fichas no VLT para dar uma injeção decisiva na mobilidade urbana da Baixada Santista, ameaçada de colapso. As razões são várias: aumento da frota (que tem dobrado a cada seis ou sete anos), deficiência do transporte coletivo, espiral de crescimento do número de caminhões e carretas gerado pelo movimento crescente do Porto de Santos e até a exploração de petróleo e gás do pré-sal da bacia de Santos.

As etapas já tocadas desse projeto são: a compra de 22 trens com capacidade de 400 passageiros cada um. A licitação foi vencida pelo consórcio Tremvia Santos por R$ 251,9 milhões. E o contrato para fornecimento de energia, sinalização, telecomunicações e sistemas de controle de arrecadação e de passageiros.

Essa licitação, vencida pelo grupo VLT RMBS, está estimada entre R$ 150 e 180 milhões.

Aposta coerente

A aposta de Alckmin parece coerente. A Região Metropolitana da Baixada Santista tem um desenho longitudinal. A construção do VLT tem tudo para funcionar como uma linha-tronco em torno da qual o transporte coletivo regional se organiza com as conexões de outros modais, principalmente os ônibus, micro-ônibus e vans que já fazem parte do cenário.

O governo estadual está tão entusiasmado e envolvido com o projeto que incluiu o VLT até no túnel que também está sendo gestado entre Santos e Guarujá. Mas essa já é uma outra história que fica para uma outra vez...

Os passos importantes que já foram dados indicam que o VLT deverá estar mesmo rodando nesse primeiro trecho, talvez não em maio de 2014, previsão oficial, mas alguns meses depois.
Os atrasos e adiamentos são bem possíveis porque ainda precisam ser vencidas etapas burocráticas complexas como o Relatório de Prospecção Arqueológica e a finalização do licenciamento ambiental.

As críticas ao projeto são inconsistentes.

Uma delas se refere ao fato do VLT cruzar a cidade-polo, Santos, no sentido transversal aos deslocamentos mais frequentes (orla - entrada da cidade). Mas a natureza dele é exatamente essa, de geração de conexões transversais. E a outra se relaciona com a interferência nos cruzamentos com o trânsito urbano. Que na verdade tem intensidade praticamente equivalente à já existente nesse traçado sem o VLT.

Corredor de Osasco e VLT de Santos terão R$ 600 mi da União

07/03/2013 - O Estado de São Paulo

O governo federal autorizou ontem um financiamento de cerca de R$ 3 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras do Estado de São Paulo. A maior parte do dinheiro será destinada a saneamento básico. Cerca de R$ 600 milhões vão custear o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Baixada Santista e o corredor de ônibus entre Osasco e Jandira, na Grande São Paulo. O anúncio foi feito após visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB) à presidente Dilma Rousseff.

Está previsto para abril o início das obras do primeiro trecho do VLT, que terá 11 quilômetros de extensão e ligará o Terminal Barreiros, em São Vicente, à Avenida Conselheiro Nébias, em Santos. O segundo trecho, com 6 quilômetros, vai da Conselheiro Nébias até o Valongo e começará a ser feito em junho.

Serão gastos cerca de R$ 900 mil nos dois primeiros trechos, segundo a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). O projeto total prevê, ainda, mais 24,3 km de linhas de VLT e a reestruturação do sistema de ônibus intermunicipais.

Quando estiver pronto, o VLT ligará Santos, São Vicente e Praia Grande por meio de sistema de transporte sobre trilhos de média capacidade, semelhante a um grande bonde. A expectativa da EMTU é de que 23% dos ônibus sejam retirados das ruas.

Ônibus

O outro projeto selecionado foi o Corredor Itapevi-São Paulo, que terá 30,4 km e passará por Jandira, Carapicuíba, Osasco e Butantã, zona oeste.

São José garante R$ 800 milhões do PAC para fazer VLT

07/03/2013 - Portal R3

A liberação dos R$ 800 milhões para o projeto foi anunciada nesta quarta-feira pela presidenta Dilma Rousseff

O prefeito de São José dos Campos trouxe na quarta-feira, dia 6, de Brasília a garantia necessária para realizar aquela que será a maior obra de mobilidade urbana da história da cidade. Foram autorizadas verbas do Programa de Aceleração do Crescimento de Mobilidade, do governo federal, para projetar e construir a primeira etapa do Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT.

A liberação dos R$ 800 milhões para o projeto foi anunciada nesta quarta-feira pela presidenta Dilma Rousseff em reunião do Ministério das Cidades com prefeitos e governadores no Palácio do Planalto. Outros R$ 26,8 milhões também foram liberados para pavimentação e qualificação das vias urbanas da cidade. De São José dos Campos estiveram presentes o prefeito e secretário de Transportes.

A proposta de implantar um VLT em São José dos Campos foi retomada pela administração e passou por um processo de readequação técnica para garantir sua viabilidade. "Desde o fim do ano passado temos feito um grande esforço junto ao governo federal para adequar a proposta a moldes que sejam possíveis de ser atendidos pelo PAC. Assim conseguimos separar a proposta em módulos e reduzir os custos de projeto", relembra o prefeito de São José dos Campos, que já havia tratado do tema com a ministra do Planejamento Miriam Belchior no ano passado e com a própria presidenta Dilma neste ano. Este esforço da prefeitura municipal foi essencial para garantir a liberação das verbas e consolidar a implantação do novo sistema de transporte, que prevê um enorme impacto na forma como a cidade se locomove.

A implantação do VLT é prevista para ser iniciada a partir da zona Sul da cidade, começando na região dos bairros D. Pedro II e Campo dos Alemães, passando pela região do Bosque dos Eucaliptos e Satélite até a altura da Via Dutra, em frente ao Vale Sul Shopping, num trajeto de cerca de 15 km. A partir de então a meta do governo é interligá-lo ao Centro e posteriormente à região Leste.

Impacto Urbano e Social

Nesta primeira etapa, no trecho Sul, a população atendida direta e indiretamente é de 215 mil habitantes. Segundo estudos do Ipplan, nesta região ocorrem hoje mais de 184 mil deslocamentos de transporte coletivo por dia e quase 241 mil viagens de transporte individual.

Já a capacidade estimada do sistema VLT pode atingir até 200 mil passageiros por dia, transformando completamente a realidade do transporte na região.

Entre desenvolvimento do projeto e realização desta primeira fase da obra, a estimativa é de um prazo de 4 anos.

Conteúdo nacional

Pelas regras do PAC, pelo menos 80% dos produtos manufaturados da obra devem ter conteúdo brasileiro. Já os serviços devem ser 100% nacionais.

O VLT – Veículo Leve sobre Trilhos é um recurso que permite repensar as cidades com mobilidade sustentável, assegurando a qualidade do serviço e a revitalização do espaço urbano. Além de transportar usuários com segurança e conforto, o sistema gera empregos e proporciona mais liberdade à população.

. Velocidade máxima: 80 km/h
. Velocidade comercial (média): 30 km/h
. Veículo com 2,65 m de largura em média
. Capacidade aproximada 400 passageiros/veículo
. Estimativa de 13 mil passageiros/hora (pico)

Pavimentação

Além dos recursos do VLT, São José dos Campos também foi contemplada com obras de pavimentação de diversas ruas, como a João Batista Ortiz Monteiro, que faz a ligação da Via Oeste com a Avenida Cassiano Ricardo. Também serão beneficiadas as principais vias do bairro Pousada do Vale, garantindo asfalto nos corredores de ônibus. A outra área atendida é a Rua Lindaura Aparecida Ferreira de Souza, na região do Eugênio de Melo.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Trilhos do Taquaral devem receber mais bondes em abril

03/03/2013 -Correio Popular de Campinas/SP

Atualmente, apenas um carro leva os visitantes do Parque Portugal ao passeio no entorno da Lagoa

Por Felipe Tonon

Os trilhos da Lagoa do Taquaral finalmente caminham para receber mais bondes a partir de abril. Essa é a previsão da Secretaria de Serviços Públicos, que irá lançar em até dez dias processo licitatório para a aquisição de motores e outras peças que serão utilizadas na reforma de dois bondes que estão parados. Atualmente, apenas um carro leva os visitantes do Parque Portugal ao passeio no entorno da Lagoa do Taquaral. A previsão é de que sejam gastos até R$ 150 mil para colocar os dois bondinhos quebrados em funcionamento. A recuperação dos bondes faz parte do pacote de ações prometido pelo prefeito Jonas Donizette (PSB), que estipulou prazo de cem dias para a realização de dezenas de obras na cidade.

De acordo com o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulela, foi feito um orçamento para saber quanto será gasto na reforma. Segundo ele, serão consumidos entre R$ 130 mil e R$ 150 mil. "Isso para o recondicionamento dos motores elétricos e toda parte de reforma dos trucks, que é a parte rodante, as rodas, suspensão, rolamentos e freios", informou.

Paulela disse que a Prefeitura também investiga o sumiço do truck e do motor de uma quarta composição. "Só tem a carcaça. Estamos apurando, porque ninguém sabe dizer onde foi parar", disse. O secretário, que assumiu a pasta em janeiro, afirmou que teve conhecimento do episódio apenas este ano, mas não soube dizer quando o possível furto das peças aconteceu.

Dos quatro bondinhos no Taquaral, somente um está em circulação. Os outros estão estacionados e à espera de manutenção. Um deles foi restaurado em 2011, mas já apresentou problemas e voltou a sair de circulação. Segundo apurou o Correio, dois bondes estão com os motores queimados. O quarto, conforme informou o secretário, está apenas com a armação de madeira.

Foto: Alessandro Rossman/AAN

Fonte: Correio Popular de Campinas/SP

quarta-feira, 6 de março de 2013

Estudo propõe volta da rede de bondes em SP

05/03/2013 - Metro São Paulo, Márcio Alves

Levantamento ainda defende ampliação da rede de trólebus; uso de veículos elétricos pode reduzir emissão de poluentes

Estudo realizado por técnicos da SPTrans, empresa que gerencia o sistema de transporte público da capital paulista, propõe o resgate do sistema de bondes, que operou na cidade entre 1871 (tração animal) até a década 1960. O estudo também sugere ampliar a rede de trólebus - atualmente, dos 15 mil ônibus em circulação em São Paulo, apenas 109 são trólebus (1,2%), espalhados em 10 linhas. Já a última linha de bonde foi desativada em março de 1968.

De acordo com o documento, a volta dos bondes é a melhor alternativa para reduzir as emissões de poluentes, uma vez que o sistema é alimentado pela rede elétrica. Na Rio+20, São Paulo se comprometeu a reduzir em 45% as emissões de gás carbônico até 2030.

Os técnicos afirmam que, como o Brasil possui uma matriz energética composta por 87% de fontes renováveis, o uso desse estoque deveria ser incentivado. Além disso, há linhas de transmissão suficientes para garantir o bom funcionamento do sistema.

A volta dos bondes e a expansão dos trólebus trariam outra vantagem. De acordo com a SPTrans, a vida útil de um trólebus é três vezes maior do que a de um ônibus comum.

A previsão da prefeitura no ano passado para investimentos em trólebus era de R$ 10,8 milhões, mas apenas R$ 2,8 milhões foram efetivamente investidos. O restante do dinheiro está parado no Fundo de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, aguardando a aprovação de projetos para a expansão dos trólebus.

Viabilidade
Especialistas em transportes apontam que o retorno dos bondes depende da decisão da prefeitura de priorizar o transporte coletivo em detrimento do individual. O modelo, hoje, pode ser adotado com um sistema auto-suficiente de energia, sem a necessidade de uma rede aérea.

Com isso, é possível colocá-lo em operação em linhas no centro expandido, servindo como alternativa para viagens de curta distância e desafogando o metrô nessa região.