segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Estado quer metrô leve do ABC funcionando até 2014

16/01/2011 - ABC Repórter - George Garcia

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Estado quer metrô leve do ABC funcionando até 2014

Obras devem começar no próximo ano em parceria de prefeituras com o estado

O secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes, disse que dentro de sete meses a sua pasta irá apresentar o projeto básico para a construção da linha de metrô leve que deve ligar o ABC à estação Tamanduateí do Metrô e trem. Fernandes estima que a obra deve ter início no ano que vem e as primeiras estações devem ser inauguradas em 2014. O pronunciamento de Fernandes foi feito em reunião entre ele e o deputado estadual Alex Manente (PPS) e o prefeito de São Caetano, José Auricchio Jr (PTB).

Obra do metrô leve no ABC terá início no próximo ano, garante secretário

A obra vai ligar a região à estação Tamanduatei do Metrô e CPTM

O deputado estadual Alex Manente (PPS) e o prefeito de São Caetano, José Auricchio Jr (PTB), estiveram nesta quarta-feira com o secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado, Jurandir Fernandes para discutirem o projeto do Metrô Leve na região do ABC. Segundo Fernandes as obras devem ser iniciadas no ano que vem e a expectativa é de que as primeiras estações sejam inauguradas em 2014. 

Segundo o secretário, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) garantiu empenho no andamento do projeto. "Nossa equipe técnica já estuda o projeto funcional e dentro de sete meses deve apresentar projeto básico do Metrô na região. Respeitando os prazos regimentais, licitações e licenças ambientais, podemos dizer que a obra começa em 2012 e em 2014 teremos trechos concluídos e estações inauguradas." 

Durante a reunião, Jurandir Fernandes anunciou o nome de Sérgio Henrique Passos Avelleda como o novo presidente do Metrô e destacou a importância de contar com os poderes Legislativo e Executivo para facilitar o trabalho da Secretaria. "A presença do deputado e do prefeito é fundamental para que a obra aconteça", afirmou. "O próximo passo, é delinear a engenharia financeira para tornar o projeto viável."

A obra ligará a região do ABC, partindo de São Bernardo e seguindo por São Caetano até a estação Tamanduateí do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Alex Manente destacou que trabalhará para ampliar as discussões entre Estado e o ABC, além de levar à população informações sobre o andamento das obras. "Nossa função é colocar o assunto em pauta. Conversei com o governador sobre nossa urgência e ele demonstrou que está à disposição. Agora, vamos acompanhar cada passo para o início das obras."

O formato do transporte será o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ou monotrilho. A obra será realizada pelas prefeituras em parceria com o Governo do Estado de São Paulo. "O VLT em nossa região é um desejo do governador Geraldo Alckmin, e estamos muitos felizes pelo projeto ser tratado com tanto interesse. Será maravilhoso para a população de São Caetano ter mais esse meio de transporte público, ligando diretamente o município com o Metrô. A reunião foi muito producente, já que aproximou o ABC do novo comando dos transportes estaduais", afirmou Auricchio. "Estamos estudando uma data para que o secretário Jurandir Fernandes e demais autoridades possam ir a São Caetano, onde realizaremos um novo encontro sobre o tema. A Prefeitura está de portas abertas para recebê-los", completou o chefe do Executivo.

São esperados cerca de 30 mil passageiros/hora usando a linha que terá cerca de 15 quilômetros de extensão e diversas estações.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Ligação Tamanduateí-Grande ABC entra em pauta

13/01/2011 - Diário do Grande ABC

Em reunião na qual se anunciou o novo presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, fez a previsão de que a ligação da Estação Tamanduateí com o Grande ABC deverá destravar a partir do fim de 2014. Ao lado do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), e do deputado estadual Alex Manente (PPS), que requisitaram a audiência, Jurandir enfatizou a vontade política do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em tornar o projeto, obra executada.

"Tudo leva a crer pelos prazos de hoje que até o fim de 2014 nós tenhamos alguns trechos em operação, pois a ideia é, eventualmente, vir inaugurando algumas estações parciais e fechar até o Ferrazópolis ou Alvarenga (em São Bernardo), que dá uma diferença de cerca de seis quilômetros de uma para outra", detalhou o titular da Pasta de Transportes. Dentro deste prazo, a intervenção entrará em andamento no fim do mandato tucano.

Segundo o secretário, primeiramente serão necessários de dois a três meses para a licitação por conta do prazo regimental, depois cerca de sete meses para o projeto básico em si. Após esse período, a equipe fará contratação, desapropriações e licenças ambientais. "Essa obra física não começa antes de março de 2012."

Jurandir já delegou ao novo comandante do Metrô as atribuições de tocar o projeto. "O Avelleda, que é ex-presidente da CPTM, vai possivelmente ser responsável pela obra. Foi importante essa demonstração de empenho, fundamental para que a intervenção aconteça. O respaldo não é só do Executivo, mas também do Legislativo dentro desse projeto."

O traçado funcional, que já está concluído, servirá para balisamento do contrato seguinte do projeto básico. Sobre os custos da obra, o coordenador de planejamento da secretaria, Renato Viegas, disse que é prematuro estimar valores, porém que devem girar em torno de US$ 60 milhões a US$ 80 milhões se for elevado e a metade disso em termos térreos. "É prognóstico grosseiro, já que depende de muita coisa. Por exemplo, em elevado há economia em desapropriações. A desapropriação social traz algo de negativo."

A obra irá variar de 14 a 20 quilômetros de extensão com distância média de 600 a 1.000 metros de distância média entre paradas e caso seja de média capacidade receberá 30 mil passageiros/hora. "Temos que começar a enxergar a engenharia financeira. O trem de superfície me parece a maior possibilidade segundo nosso planejamento, pois o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é sofisticado e não tão caro. Se for elevado será 2,5 vezes superior. O veículo tem o custo parecido e definiremos em outubro", disse Viegas, sobre a possibilidade de VLT, monotrilho ou BRT (Bus Rapid Transit), sistema de ônibus elevado, além de misto entre fase térrea e elevada.

Ao salientar que São Caetano não consegue arcar com gastos de caráter metropolitano, o chefe do Executivo ouviu pedido do secretário de Transportes. "O prefeito pode me dar alguns terrenos, pois desapropriações já ajudam."

De acordo com Jurandir, a ajuda federal e PPPs (Parcerias Público-Privadas) serão preponderantes ao andamento. "Obviamente necessitamos de duas fontes: União e privado. Vou optar pelas duas."

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Correndo contra o tempo

09/01/2011 - O Estado de S.Paulo - Opinião

A extensão das linhas do Metrô para a periferia da capital, que o governador Geraldo Alckmin elegeu como uma das prioridades de sua administração na área de transportes é uma decisão importante, porque corresponde à necessidade cada vez maior de integração dos serviços básicos da região metropolitana de São Paulo, que extrapolam os limites dos municípios que a compõem. Na verdade, eles formaram nas últimas décadas a maior e mais importante concentração urbana do País, na qual os interesses e necessidades de cada unidade já estão tão estreitamente ligados que não podem mais ser considerados isoladamente.

O primeiro dos três projetos que vão dar início à integração na área dos transportes é o da ligação da capital com São Bernardo do Campo por meio de uma linha de metrô, do tipo Veículo Leve sobre Trilho (VLT), de 23 quilômetros, com 18 estações. Ela sairá da Estação Tamanduateí, na Zona Leste, e chegará ao bairro do Alvarenga, em São Bernardo, como quer a prefeitura da cidade, ou até o Paço, como propõe a Companhia do Metrô, passando por São Caetano do Sul. O percurso deverá ser feito em 30 minutos. A linha transportará 300 mil pessoas por dia.

Outro projeto prevê a extensão da Linha 4-Amarela do metrô até Taboão da Serra. Esse trecho vai beneficiar cinco municípios além de Taboão - Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu, Embu, São Lourenço e Juquitiba - que formam uma das regiões mais pobres da Grande São Paulo. Finalmente, está em estudo a construção de uma ligação ferroviária, por meio da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, em regime de Parceria Público-Privada, entre a capital e Guarulhos.

O projeto do VLT para São Bernardo é um exemplo da colaboração que deve existir, acima de diferenças político-partidárias, entre as prefeituras da região e o governo do Estado. Segundo o prefeito Luiz Marinho (PT), o município entrou com R$ 1,3 milhão e conseguiu R$ 27,6 milhões do governo federal para a elaboração do projeto. Ele elogiou a disposição do governador Alckmin (PSDB)de tornar realidade a aspiração do município de uma ligação rápida e confortável com a capital por meio do metrô.

Embora a parte principal do investimento na ampliação metrô vá caber sempre ao Estado, as prefeituras da Grande São Paulo - a exemplo do que já fazem as da capital e de São Bernardo - podem assumir uma parte ainda que modesta do alto custo dessas obras, já que suas cidades são as beneficiárias diretas desse transporte.

Uma colaboração que se deve estender a outras áreas, como saneamento básico, saúde, combate às enchentes e desocupação de áreas de risco. Mas, por maior que possa ser a disposição dos prefeitos e do governo estadual de participar desse esforço comum, só a criação de um arcabouço legal e administrativo capaz de fazer funcionar a região metropolitana, criando obrigações claras para cada uma das partes, assim como mecanismos para resolver conflitos e divergências, dará solução definitiva ao problema.

E essa é uma necessidade cada vez mais urgente. Como mostra um estudo das Nações Unidas divulgado no ano passado - "O Estado das Cidades do Mundo: Unindo o Urbano Dividido" -, o processo de urbanização continua acelerado em todo o mundo, com a formação de enormes concentrações urbanas, que exigem novas instituições e novos métodos de administração. Regiões metropolitanas como a de São Paulo, apesar de seu tamanho, que hoje parece imenso, em pouco tempo serão suplantadas por outras muito maiores.

Já começou a integração da Grande São Paulo com Campinas, que formarão a primeira macrometrópole do Hemisfério Sul, com 65 municípios, 22 milhões de habitantes e uma economia de R$ 475 bilhões. Mais para a frente, São Paulo e Rio formarão gigantesca concentração urbana, que será uma das maiores do mundo, com 40 milhões de habitantes.

Estudos como esse deixam claro que estamos muito atrasados na organização das regiões metropolitanas e, por isso, precisamos correr contra o tempo.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cidades da Grande SP terão transportes ligados ao metrô

06/01/2011 - Portal 2014

Um dos projetos prevê a construção de 18 estações de VLT na região do ABC

Composições da linha-4 estacionadas no pátio do Metrô (crédito: Divulgação)
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O governo paulista anunciou nesta quinta-feira (6) novos planos para a expansão da rede de metrô de São Paulo para cidades da região metropolitana. Os projetos incluem a construção de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que ligará a linha 2-verde ao ABC, a extensão da linha 4-amarela até o centro de Taboão da Serra e implantação de um novo ramal ferrometroviário para Guarulhos.

O projeto do VLT prevê 18 estações. No total, serão 23 km entre o bairro Alvarenga, em São Bernardo do Campo, passando por São Caetano do Sul e Santo André, até a Estação Tamanduateí do metrô.

O governo paulista, no entanto, não divulgou a data de início da obra nem o custo das intervenções. O VLT tem apenas projeto básico concluído, bancado pelo governo federal.

Em Taboão da Serra, a estação de metrô já estava prevista no contrato de Parceria Público-Privada (PPP) que deu origem à linha-4. Como no caso do VLT, não há data para o início das intervenções.

Atrasos
Apesar de anunciar a criação de novas estações e linhas do metrô, o governo paulista também anunciou hoje que a abertura de nove estações da linha 4-amarela atrasarão novamente. O governo já divulgou oito datas para o término da primeira fase das obras. As estações Butantã, Pinheiros, República e Luz não têm previsão de término.

Segundo o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a entrega das obras deve ocorrer até o fim de 2011. Apenas as estações Faria Lima e Paulista estão em funcionamento. Fradique Coutinho, Oscar Freire, Higienópolis, Morumbi e Vila Sônia, que fazem parte da segunda fase da obra, devem ficam prontas em 2012. O governo não especificou o mês de abertura.

Metrô sairá de SP e chegará a Taboão, ABC e Guarulhos

06/01/2011 - O Estado de São Paulo - Eduardo Reina e Renato Machado - 

Gestão Alckmin estabelece extensões como prioridade; VLT para São Bernardo já tem projeto e conta com verbas federais

Uma das prioridades da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) para os transportes é expandir a rede de Metrô para fora dos limites da capital. O primeiro projeto a ser implementado é a ligação para a região do ABC em formato de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Outra área beneficiada é Taboão da Serra - que receberá a extensão da Linha 4 - Amarela. Haverá ainda parceria público-privada (PPP) para construir um novo ramal ferrometroviário para Guarulhos.

"O ABC é um dos primeiros assuntos que quero tratar", disse ao Estado o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Em uma semana, ele vai reunir-se com os prefeitos da região para finalizar a discussão do assunto, que já tem o projeto funcional concluído.

Em março de 2010, a prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, entregou à Secretaria dos Transportes Metropolitanos o projeto do metrô leve. É sugerida a ligação do ABC à capital paulista por um trajeto de 23 quilômetros, a ser percorrido em cerca de 30 minutos. O percurso contará com 18 estações, entre o bairro Alvarenga, em São Bernardo, passando por São Caetano do Sul, até a Estação Tamanduateí do Metrô, na zona leste da capital.

"O projeto básico vai definir se o metrô leve vai até o Alvarenga, como entendemos que é o ideal, ou até o Paço, como defende o Metrô. Mas o importante é que o governador Alckmin mostre essa disposição em atender esse direito da nossa região de ter uma ligação direta com o Metrô ", diz o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.

O projeto prevê o transporte de 300 mil pessoas por dia, com capacidade para 20 mil pessoas por hora/sentido nos períodos de pico. "A prefeitura já havia feito a sua parte, custeando o projeto funcional, de R$ 1,3 milhão, e viabilizando com o governo federal recursos da ordem de R$ 27,6 milhões para o projeto básico, a ser realizado pelo Metrô", explica Marinho.

Taboão. O contrato da parceria público-privada (PPP) para a Linha 4-Amarela já prevê a extensão até Taboão da Serra. O trecho vai beneficiar 750 mil moradores em seis municípios: Taboão da Serra, Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu, Embu, São Lourenço e Juquitiba.

"A região sudoeste da Grande São Paulo é a mais pobre, com grande índice de desemprego. O metrô vai ajudar milhares de pessoas que lotam os pontos de ônibus às 4 horas para ir trabalhar em São Paulo", diz o secretário de Transportes de Taboão da Serra, Claudinei Pereira.

Sobre Guarulhos, a atual gestão pretende buscar definições sobre o terceiro terminal de Cumbica para definir o Expresso Aeroporto. No entanto, quer concluir a linha até o município da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). "Deve ser uma das primeiras PPPs que faremos", disse Fernandes.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Jurandir Fernandes anuncia ligação Metrô-ABC

05/01/2011 - Diário do Grande ABC

Após participar da primeira reunião ontem do novo secretariado com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o titular da Pasta de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes (PSDB), enfatizou que quer definir "o mais rápido possível" o traçado e modelo de veículo que ligará o Metrô ao Grande ABC por cobrança do comandante do Palácio dos Bandeirantes. Para isso, o tucano avisou que pretende dialogar com os prefeitos e garante que questões partidárias não irão interferir na transação, referindo-se ao chefe do Executivo de São Bernardo, principal articulador para a execução da intervenção.

Para explicar que partido não irá prejudicar no andamento do projeto, Jurandir lembra que possui diversos amigos no PT, até por ter sido um dos fundadores da sigla em Campinas. "Aliás, tinha até esquecido desse detalhe. Fico até feliz de não ter esquecido disso. Estou hoje no PSDB, mas não tem problema, pois o Alckmin já me cobrou desse sistema de média capacidade oriundo de São Bernardo e em Guarulhos. São duas cidades que têm o PT no comando. Acho que ele esqueceu também", brincou.

"Quero conversar com o Marinho, que já mandou até um recado com muita gentileza, querendo conversar. Fiquei muito satisfeito com esse convite e quero entender o processo. Se é monotrilho, elevado, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) sobre a superfície, nada é descartável. Há momentos que têm de ser subterrâneo mesmo, porque a cidade está muito adensada, não vale a pena desapropriar", avisou o secretário.

Sobre a pendência do traçado, Jurandir disse que primeiro precisa saber o que a população quer e o que os governantes da região desejam a partir do projeto. Por conta disso, comunica ainda aos demais prefeitos, principalmente os atrelados à obra, que visa conhecer melhor a intervenção de monotrilho ou de sistema de média capacidade.

"Não é falsa modéstia. Ouvindo se erra menos. O que sei é que há forte vontade política e negociação de que podemos ter recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Seria de tremenda leviandade e incompetência não ir atrás disso, vou dar prioridade a essa discussão com o Marinho. Me preocupo com o tempo em ser ágil na resposta", cita Jurandir.
A Prefeitura de São Bernardo informou que "não medirá esforços para garantir que todo o traçado do Metrô Leve seja contemplado pelo projeto básico a ser licitado, podendo, inclusive, intervir novamente junto ao governo federal".

Segundo o Paço, técnicos do Metrô estão terminando as análises necessárias e revisando o Orçamento para a elaboração do processo licitatório do projeto básico, que já tem verba garantida do governo federal no valor de R$ 27,6 milhões, repassada ao Estado. "Resta agora saber se esse valor será suficiente para custear o projeto em toda sua extensão, ou seja, da Estação Tamanduateí ao bairro Alvarenga", relata o Executivo são-bernardense.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Jurandir diz que Alckmin cobra ligação Metrô-ABC

04/01/2011 - Fábio Martins - Diário do Grande ABC

Após participar da primeira reunião ontem do novo secretariado com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o titular da Pasta de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes (PSDB), enfatizou que quer definir "o mais rápido possível" o traçado e modelo de veículo que ligará o Metrô ao Grande ABC por cobrança do comandante do Palácio dos Bandeirantes. Para isso, o tucano avisou que pretende dialogar com os prefeitos e garante que questões partidárias não irão interferir na transação, referindo-se ao chefe do Executivo de São Bernardo, principal articulador para a execução da intervenção.

Para explicar que partido não irá prejudicar no andamento do projeto, Jurandir lembra que possui diversos amigos no PT, até por ter sido um dos fundadores da sigla em Campinas. "Aliás, tinha até esquecido desse detalhe. Fico até feliz de não ter esquecido disso. Estou hoje no PSDB, mas não tem problema, pois o Alckmin já me cobrou desse sistema de média capacidade oriundo de São Bernardo e em Guarulhos. São duas cidades que têm o PT no comando. Acho que ele esqueceu também", brincou.


"Quero conversar com o Marinho, que já mandou até um recado com muita gentileza, querendo conversar. Fiquei muito satisfeito com esse convite e quero entender o processo. Se é monotrilho, elevado, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) sobre a superfície, nada é descartável. Há momentos que têm de ser subterrâneo mesmo, porque a cidade está muito adensada, não vale a pena desapropriar", avisou o secretário.

Sobre a pendência do traçado, Jurandir disse que primeiro precisa saber o que a população quer e o que os governantes da região desejam a partir do projeto. Por conta disso, comunica ainda aos demais prefeitos, principalmente os atrelados à obra, que visa conhecer melhor a intervenção de monotrilho ou de sistema de média capacidade.

"Não é falsa modéstia. Ouvindo se erra menos. O que sei é que há forte vontade política e negociação de que podemos ter recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Seria de tremenda leviandade e incompetência não ir atrás disso, vou dar prioridade a essa discussão com o Marinho. Me preocupo com o tempo em ser ágil na resposta", cita Jurandir.

A Prefeitura de São Bernardo informou que "não medirá esforços para garantir que todo o traçado do Metrô Leve seja contemplado pelo projeto básico a ser licitado, podendo, inclusive, intervir novamente junto ao governo federal".

Segundo o Paço, técnicos do Metrô estão terminando as análises necessárias e revisando o Orçamento para a elaboração do processo licitatório do projeto básico, que já tem verba garantida do governo federal no valor de R$ 27,6 milhões, repassada ao Estado. "Resta agora saber se esse valor será suficiente para custear o projeto em toda sua extensão, ou seja, da Estação Tamanduateí ao bairro Alvarenga", relata o Executivo são-bernardense.