VLT no centro de SP recebe 9 propostas

22/08/2024 - Via Trólebus

Por Renato Lobo

Divulgação  Prefeitura 

O projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT no centro da capital paulista recebeu nove propostas, após procedimento feito pela prefeitura de São Paulo, segundo declarou nesta semana o prefeito Ricardo Nunes.

“VLT nós já soltamos inclusive no Centro, soltamos o PMI (Programa de Manifestação de Interesse), tiveram nove grandes empresas que apresentaram propostas, vai girar na casa de R$ 5 bilhões, então já temos o VLT”, afirmou Nunes.Participe do canal do Via Trolebus no WhatsApp

O processo consiste em analisar propostas de estudos, diagnósticos de cenários e levantamentos de viabilidade operacional e econômico-financeira. Esses estudos auxiliarão a Administração Municipal na concepção de uma parceria com o setor privado para o projeto de implantação e operação do VLT. Não há ainda prazo para lançamento da licitação.

Serão duas linhas que devem ter um tempo de deslocamento de cerca de 45 minutos, com velocidade média de 18 km/h e guiado por um condutor. Cada trem deve comportar até 447 passageiros para cada viagem, realizada das 6h à 0h, com nove veículos em operação. As ligações terão 13 estações cada, com a vermelha voltada especialmente à região da Santa Ifigênia e Bom Retiro, enquanto a azul no entorno da República e da Sé (com operação nos dois sentidos).

A Linha 1-Azul tem trajeto preliminar de 6,45 km, enquanto a Linha 2-Vermelha teria 6,26 km. A conexão prevista entre as duas linhas seria na Avenida São João.

The São Paulo Tramway, Light and Power Company Limited

Galeria

A esquina das ruas Direita e José Bonifácio com  a sede das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo em término de construção.

Paróquia de Nossa Senhora da Conceição no Largo de Santa Efigênia 

em 1920 e 2023

Largo do Arouche

Ponte da Casa Verde em 1935

Largo do Riachuelo em abril de 1935

Largo do Arouche em dia de feira em 1942

Foto  Benedito Junqueira Duarte

Rua Pamplona nos Jardins em 1957

Foto Folhapress

Volta

A Light em 1929

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Ypiranga

Companhia Ypiranga

Companhia Paulista de Transportes

Histórico

Em 2 de abril de 1889, foi celebrado o contrato entre o governo provincial e os concessionários para a construção da linha de bonde para o bairro do Ypiranga.

Em 14 de fevereiro de 1890, foram inauguradas as 1ª e 2ª seções da linha do Ypiranga, ainda em caráter experimental com bonde de carga.

Em 29 de março de 1890, em caráter experimental com passageiros, foi inaugurada a primeira etapa da linha, ligando o Largo da Sé ao Cambucy. Para a mesma linha foram encomendadas algumas locomotivas.

Correio Paulistano, 30/03/1890

Em 22 de setembro de 1890, é inaugurado o prolongamento da linha do Cambucy até o Ypiranga.

Correio Paulistano, 23/09/1890

Correio Paulistano, 28/08/1891

Correio Paulistano, 10/04/1892

Correio Paulistano, 28/04/1892

Em 19 de junho de 1892, começaram a correr os bondes diretos entre o centro e a colina do Ypiranga, junto ao monumento.

Em 9 de outubro de 1892, é inaugurada a linha da Villa Deodoro pela Avenida Lins de Vasconcellos, com ponto final na Villa Mariana.

Correio Paulistano, 07/10/1892

Correio Paulistano, 11/10/1892

Correio Paulistano, 29/10/1892

Prefeitura Municipal, Expediente de 03/01/1900

Correio Paulistano, 04/01/1900

Correio Paulistano, 22/01/1903

Correio Paulistano, 10/05/1905

Correio Paulistano, 28/01/1908

REFERÊNCIAS:

Viação Urbana. Correio Paulistano. São Paulo. 01 março 1890. p.1.

Bonds do Ypiranga. Correio Paulistano. São Paulo. 26 março 1890. p.2.

Bom Retiro a Bella Vista

Companhia Ferro Carril do Bom Retiro a Bella Vista

Companhia Ferro Carril de São Paulo

Histórico

Em dezembro de 1886, a Câmara Municipal celebrou o contrato com o engenheiro Fernand Dumoulin para a construção de uma linha de bonde entre os bairros do Bom Retiro e Bella Vista passando pelo centro da cidade. A companhia inaugurou sua primeira linha em agosto de 1891, ligando a rua Boa Vista à rua das Palmeiras.

Correio Paulistano, 25/01/1887

Em 1889, a Assembléa Provincial decretou e o presidente da província sancionou a Lei nº 18 de 18 de fevereiro de 1889 concedendo o privilégio a Victor Nothmann e Fernand Dumoulin para o estabelecimento de uma linha de bonds com direção aos bairros da Bella Vista e Bom Retiro, ficando reservada a preferência em favor da Companhia Carris de Ferro. Não tendo a referida companhia requerido sua preferência, o governo provincial celebrou o contrato com os senhores V.Nothmann e F.Dumoulin em 4 de abril do mesmo ano. Em fevereiro de 1890, formou-se a Companhia Ferro Carril de São Paulo que adquiriu os direitos de F.Dumoulin e V.Nothmann. 

Em 4 dezembro de 1890, foi iniciado o assentamento dos trilhos. A primeira linha foi inaugurada em 3 de agosto de 1891 ligando a rua da Boa Vista ao bairro das Palmeiras. A segunda linha, para o bairro da Bella Vista, foi inaugurada em 8 de dezembro de 1891.

Correio Paulistano, 12/03/1891

Em 12 de março de 1891, foram inaugurados os primeiros trechos das linhas do Bom Retiro e da Consolação.

Correio Paulistano, 20/03/1891

Correio Paulistano, 28/05/1891

Correio Paulistano, 19/06/1891

Em 3 de agosto de 1891, foi inaugurada a linha das Palmeiras, com o seguinte itinerário: rua Boa Vista, esquina com Imperatriz, Largo de São Bento, rua São José (atual Libero Badaró, Ladeira de São João, rua do Seminário, Travessa do Paysandú, Largo do Paysandú, rua de São João, Conselheiro Nébias, rua do General Ozório, Alameda Barão de Limeira, Alameda Eduardo Prado, rua Barra Funda, rua Lopes de Oliveira e rua das Palmeiras até quase a Barra Funda.

Correio Paulistano, 12/12/1891

Em 8 de dezembro de 1891, foi inaugurada a segunda seção da linha da Bella Vista. 

Linhas da Companhia Ferro Carril em 1891

Bom Retiro

Consolação

Palmeiras

Bella Vista

Relatório da Companhia Ferro Carril de São Paulo

Correio Paulistano, 01/04/1892

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Em 23 de agosto de 1892 a linha da Consolação foi prolongada até a Avenida Paulista.

Correio Paulistano, 23/08/1892

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Correio Paulistano, 20/10/1892

Em 6 de novembro de 1892, em cerimônia com a presença do governador do estado, foi inaugurado o Viaducto do Chá.

Correio Paulistano, 11/11/1892

Em 1893, as duas companhias de bonde que exploravam o sistema de transporte coletivo da cidade, a Companhia Viação Paulista e a Companhia Ferro Carril  se consorciam.

Correio Paulistano, 07/02/1893

Correio Paulistano, 08/02/1893

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REFERÊNCIAS:

Serviço Postal. Correio Paulistano. São Paulo. 23 dezembro 1886. p.1.

Ferro Carril de São Paulo. Correio Paulistano. São Paulo. 08 dezembro 1891. p.1.

CVP

Companhia Viação Paulista

A empresa foi criada em 18 de abril de 1889 através da fusão das empresas de carris existentes, com exceção da Empresa de Bondes de Sant´Anna que operava fora da área urbana. A medida visava unificar a operação do sistema de ferro-carril, evitando a concorrência danosa entre às empresas.

A Companhia Viação Paulista foi formada pela fusão das empresas Carris de Ferro de São Paulo e Carris de Ferro de São Paulo a Santo Amaro.

Correio Paulistano, 01/03/1890

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Inaugurou sua primeira linha em junho de 1889, ligando o centro da cidade à Colina do Ipiranga, utilizando em alguns trechos e em ocasiões especiais bondes de tração a vapor. 

Passageiros transportados pela CVP

1890          2.800.000

1892        10.900.000

1894        17.700.000

Entre 1890 e 1892, atribuiu-se o aumento da demanda à conclusão das obras do Viaduto do Chá em 1892

Viaduto do Chá em 1892

Fusão

Em 18 de abril de 1889, a Companhia Carris de Ferro foi incorporada pela Companhia Paulista. Em 24 de abril de 1901 o acervo das duas empresas foi adquirido pela Light.

Correio Paulistano, 27/12/1890

Bonds a vapor para a Mooca

Correio Paulistano, 24/09/1891

Correio Paulistano, 12/12/1891

Rua 15 de Novembro em 1896

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Em abril de 1897 a companhia solicitou a prefeitura autorização para implantar um nova linha na rua Duque de Caxias, tendo seu pedido deferido.

Em 9 de maio de 1897, é inaugurada a nova linha Aurora-Triumpho, com ponto final no Bom Retiro.

Correio Paulistano, 08/05/1897

Linhas de bonds em 1897, segundo o Nova Guia Commercial Industrial e Scientifica do Estado de São Paulo para 1897-1898:

Largo do Rosário - Amador Bueno

Largo do Rosário - Alameda do Triunfo

Largo do Rosário - Alameda Glette

Largo do Rosário - Avenida Paulista

Largo do Rosário - Beneficência

Largo do Rosário - Alameda do Triumpho

Largo do Rosário - Bom Retiro

Largo do Rosário - Jardim da Luz

Largo do Rosário - Cesário Motta (Villa Buarque)

Largo do Rosário - Guaianazes

Largo do Rosário - Hygyenopolis

Largo do Rosário - Ponte Grande

Largo do Rosário - Sant´Anna

Largo do Rosário - Santa Cecília

Largo do Rosário - rua das Palmeiras

Largo do Rosário - Viaducto

Largo do Rosário - rua Victoria (Largo do Arouche)

Largo do Rosário - Ypiranga

Largo do Rosário - Braz 

Largo do Rosário - Consolação

Largo do Rosário - Imigração

Largo do Rosário - Hyppodromo

Largo do Rosário - Liberdade

Largo do Rosário - Mooca

Largo do Rosário - rua Muller

Largo do Rosário - Villa Buarque

Largo da Sé - Cambucy

Largo da Sé - Jardim da Luz 

Largo da Sé - Mooca

Mercado Velho - Braz

Mercado Velho - Imigração

Mercado Velho - Mooca 

Mercado Velho - Estação Norte (Estação Oriente)

Mercadinho São João - rua Santo Antônio (Bexiga)

Mercadinho São João - rua Conselheiro Ramalho (Bexiga)

Fonte: PORTELA, Fernando. Bonde Saudoso Paulistano. 2010. Editora Terceiro Nome.

Bonde de tração animal seguindo da rua Direita para o Largo da Sé em 1897

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Viaduto do Chá na década de 1890

Largo de São Bento na década de 1890

Acervo Fumtran

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Correio Paulistano, 13/06/1891

Correio Paulistano, 31/12/1891

Correio Paulistano, 05/01/1892

Correio Paulistano, 01/09/1892

Em 26 de dezembro de 1892, através do Decreto nº 139, foi transferida à municipalidade a fiscalização das linhas de bondes em tráfego, em construção e projectadas no município concedidas pelo governo do estado.

Correio Paulistano, 07/02/1893

Correio Paulistano, 08/02/1893

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Viaduto do Chá em 1895

Foto Guilherme Gaensly

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Entre 1872 e 1896 a população da cidade de São Paulo passou de 25 mil para 250 mil habitantes. Os italianos representavam cerca de 2/3 da mão de obra local.

Em 1896 a Companhia Viação Paulista detinha o monopólio na exploração do sistema de carris, com 90,905 quilômetros de linhas com bitola de 1,05 m, sendo 10,115 quilômetros em via dupla. O material rodante era composto de 150 carros abertos de tração animal com 7 bancos de 4 lugares. Diariamente eram usados 116 carros. 

A companhia contava também com 15 vagões plataforma, 8 vagões de terraplenagem, 2 carros especiais da administração e duas locomotivas a vapor Baldwin para a linha de Santo Amaro, além de 2.100 muares.

Linhas da Companhia Viação Paulista em 1897

Ponte Pequena - Liberdade

Avenida Paulista

Hygyenopolis

Consolação - Estação da Luz, circular

Villa Buarque

Alameda do Triumpho, via rua Ypiranga

Perdizes, via Palmeiras

Perdizes, via Barra Funda

Bom Retiro (Conselheiro Nébias)

Amador Bueno

Rua Victoria

Rua Conselheiro Ramalho, inclusive rua Brigadeiro Fobia

Oriente - Largo do Mercado

Oriente - Largo do Rosário

Mooca - Mercado

Mooca - Largo do Rosário

Immigração  - Largo do Mercado

Immigração - Largo do Rosário

Villa Mariana

Rua de São João - Santa Cecília

Rua Aurora - Santa Cecília

Bom Retiro, via rua Immigrantes

Rua dos Gusmões

Belenzinho - Largo do Rosário

Ipiranga

Cambucy - Largo da Sé

Cambucy - Mercado

Mooca, via Hospycio

Braz - Jardim

Braz - Mercado, até Puteiva

Braz - Largo do Rosário

A linha mais extensa era a do Ipiranga com 7,2 quilômetros e a mais curta a Villa Buarque com 2,6 quilômetros.

Extensão das linhas em operação em 1897

MONNIER, Démétrius. Rapport sur les tramways de Saint-Paul. 1897

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Vias pavimentadas com linha de bonde

MONNIER, Démétrius. Rapport sur les tramways de Saint-Paul. 1897

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Vias não pavimentadas com linha de bonde

MONNIER, Démétrius. Rapport sur les tramways de Saint-Paul. 1897

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O bonde 55 segue em direção à Vila Buarque pela rua 15 de Novembro, antiga rua da Imperatriz, em 1900, ano em que as linhas de bonde com tração animal, operadas pela Cia. Viação Paulista, chegaram a sessenta quilômetros de extensão. Nesse mesmo ano, a cidade passaria a contar com 25 bondes elétricos e 24 quilômetros de trilhos. Fonte: Bonde Saudoso Paulistano, Fernando Portela, Editora Terceiro Nome, p. 41. Amplia

Em março de 1899, a diretoria da companhia solicita à Prefeitura da Cidade São Paulo a construção de uma linha de bonde entre o ponto final da linha da Liberdade até a Avenida Paulista, passando pelas ruas Pedroso e Santo Amaro.

Correio Paulistano, 31/05/1899

Novos carros de tração animal typo americano

Correio Paulistano, 22/01/1900

Negociações com a Light

Correio Paulistano, 09/03/1900

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Lavoura e Commercio, 15/03/1900, p.3

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Rua Conselheiro Nébias em 1900

Em maio de 1902, circularam os últimos bondes de tração animal no bairro de Campos Elyseos.

REFERÊNCIAS:

Relatório administrativo. Companhia Viação Paulista. São Paulo, 1897.